Entenda porque o preço do feijão carioca não reage e como a produção em MT está interferindo na formação dos preços

Publicado em 24/11/2017 13:20
Confira a entrevista com Marcelo Eduardo Lüders - Presidente do IBRAFE
Diversificar a produção com os pulses ou abrir mercado internacional para o carioca?

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Marcelo Eduardo Lüders, presidente do Instituto Brasileiro do Feijão (IBRAFE), destaca que o mercado do feijão carioca não vem avançando em termos de preços, embora o produto esteja fluindo no mercado.

Ele aponta que este fator se deve aos ânimos com os altos preços do ano passado, que geraram uma quantidade de plantios de feijão não declarados. Assim, há feijão disponível em todas as principais praças do país.

O estado do Mato Grosso é o que mais amarga essa situação, com lotes de feijão de boa qualidade sendo vendidos a R$80 a R$90, enquanto em Minas Gerais paga-se de R$115 a R$120 pelo mesmo lote. O feijão carioca fica no mercado interno e tem dificuldade de competir com os outros estados. São Paulo, por exemplo, tem uma produção na qual os produtores conseguem obter lucro, já que grande parte das lavouras estão nas áreas nas quais o consumo é maior, enquanto Minas Gerais e Goiás também estão em situações mais confortáveis.

Lüders salienta a necessidade de apressar as pesquisas em torno do grão de bico, bem como um investimento para divulgar o feijão carioca em outros países, já que este, agora, possui uma maior capacidade de armazenamento.

A safra no Paraná possui alguns plantios em atraso. Contudo, este atraso irá ajudar em um escalonamento da saída da colheita e, consequentemente, em um melhor preço médio daqui para a frente.

Para os produtores, ele aconselha a fazer uma comercialização "com calma", escalonando as vendas. Ele alerta também os produtores de Minas Gerais e Goiás sobre o aumento da área do feijão caupi.

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Por:
Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte:
Notícias Agrícolas

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2 comentários

  • Vilson Ambrozi Chapadinha - MA

    Mato Grosso planta qualquer coisa que permita faturar na safrinha. Comercializar pra eles é um efeito. Se o mercado não comprar, enfiam ao governo. Afinal mandam no Ministerio. O agricultor ministro é colega.

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  • gustavo orlando Primavera do Leste - MT

    Esse Lurdes não sabe a realidade do campo na verdade! Ficar atrás de um computador e fácil, gostaria de convidalo a passar um mês em minha propriedade para saber a verdadeira realidade do Produtor! Vender 1 sc de feijão a 80 reais e ter um custo de 100. #falaréfacilvemviverarealidade#

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    • Luiz Carlos Ciarini tangara da serra - MT

      O que rege o mercado é a oferta e demanda... então o agricultor precisa entender isso e fazer contas... diminuir a oferta regula o mercado e aumenta o preço... simples assim.

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    • Wesley Leal Bauru - SP

      Dr Lüders.. Fico envergonhado quando vejo o nível intelectual de alguns produtores. Imagine o Sr Orlando, não consegue nem escrever o seu nome corretamente. Logo, não se pode esperar que entenda o conteúdo e a importância do alerta. No dia em que tivermos menos bardotos produtores rurais certamente não teremos que nos envergonhar de pessoas como esta. Em nome das centenas de produtores que entenderam o que o senhor quis transmitir, peço sinceras desculpas.

      Um forte abraço e por favor não desista de compartilhar sua percepção e nem desista de sua luta pelo FEIJÃO do Brasil.

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    • gustavo orlando Primavera do Leste - MT

      É. .. realmente estamos vivendo uma inversão de valores em nosso País..., talvez estejam sobrando pessoas com alto grau de intelectualidade e faltando ignorantes como eu que nem sabem escrever... mas que sabe produzir e alimentar essa grande população que precisa de alimento de qualidade e com preço baixo..., alimentos plantados e colhidos por agricultores que não sabem nem escrever direito mas tem orgulho de produzir com dignidade e simplicidade..., um abraço a todos os agricultores que sofrem preconceito nesse Brasil! !

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    • Marcelo E Luders Curitiba - PR

      Gustavo, entendo suas colocações, que estão certas... e é exatamente nesta linha que fiz a matéria... Defendo que se trabalhe tanto a pesquisa, como governo, e iniciativa privada, em busca de alternativas para que a dependência do Feijão-carioca não continue esmagando o patrimônio do produtor. Veja, por favor este post que fizemos esta semana no facebook:

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    • Marcelo E Luders Curitiba - PR

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