Liderados pelo Ibrafe, exportadores vão à Índia para conhecer melhor a demanda pelo feijão brasileiro

Publicado em 27/10/2017 15:38
Confira a entrevista com Marcelo Eduardo Lüders - Presidente do IBRAFE
No mercado interno, chuvas atrapalham a colheita do feijão em SP e produto de melhor qualidade tem valorização

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Marcelo Lüders, presidente do IBRAFE, destacou que, durante a semana, um bom volume de feijão foi vendido no mercado, mas que esse volume não foi suficiente para alterar os patamares de preço. A safra de São Paulo chama a atenção com um feijão de qualidade excelente, mas sofrendo os efetios das chuvas.

Por um feijão mais seco, os produtores paulistas chegaram a receber valores próximos a R$140, mas essa não é uma realidade generalizada. Em regiões como Minas Gerais e Goiás, os preços giraram em torno de R$110. No estado do Mato Grosso, o ICMS atrapalha a comercialização, mas há a possibilidade de que este fator seja resolvido nos próximos dias.

Durante todo o mês de outubro, o mercado de feijão registrou queda no volume total de vendas. Contudo, os supermercados mantiveram o ritmo normal. Existe uma maior concorrência entre os empacotadores e aqueles que apostaram tiveram que ir vendendo seus lotes.

O cenário para o mercado, de uma forma geral, é de estável até para um pouco acima dos patamares atuais, se a situação climática não se alterar. Lüders aconselha os produtores, porém, a não aguardar muito tempo com feijão na mão.

O ano de 2017 foi de uma "virada" para o feijão carioca em decorrência do plantio de quantidades que podem ser armazenadas, melhor adaptadas aos microclimas. Estes produtores, como ressalta o presidente, têm a possibilidade de não ter "o fantasma do escurecimento do feijão batendo à porta", o que vai mudando os padrões de comercialização.

Visita à Índia

O IBRAFE, juntamente com uma comitiva de exportadores de feijão, está indo à Índia neste final de semana para participar de uma feira em Nova Delhi para com o objetivo de entender melhor o mercado deste produto por lá, bem como conversar com autoridades indianas que possam vir facilitar as negociações com o país.

Hoje, conta Lüders, "exportar para a Índia não tem sido fácil". Por isso, essa visita também vai no sentido de observar quais são os feijões consumidos no país para planejar antes de plantar visando a exportação.

 

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Por:
Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte:
Notícias Agrícolas

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