A introdução do controle biológico ao manejo de doenças no feijoeiro é uma prática que exige preparo e adaptação da lavoura
Na região de Unaí (MG), que é bastante tecnificada no cultivo de feijão, o controle biológico vem sendo uma referência. De acordo com Pedro Henrique Bernardes, da Cerrado Consultoria, para que uma área se adapte a este tipo de controle, fatores como o plantio direto, o uso de cobertura verdade, rotação de culturas e uso de protetores para treinar moléculas fazem parte de um ambiente fundamental.
O controle biológico não traz um resultado imediato, sendo desenvolvido ao longo dos anos. A partir do momento em que a lavoura possuir uma boa palhada, o controle pode ser realizado. Como explica Bernardes, é necessário produzir vida no solo para realizar esse controle, para que os seres vivos possam ter condições para combater seus inimigos naturais. Um solo com boa aeração e boa matéria orgânica é fundamental, além da atenção com os químicos que serão utilizados.
Quem já possui este ambiente na lavoura deve iniciar com o tratamento de sementes, de forma a identificar o fungicida a ser utilizado que não conflita com seu controle. A pulverização seria uma outra forma de aplicação. O controle biológico é feito com fungos e bactérias, mas estes são benéficos para a cultura das plantas. Embora o caso descrito seja em culturas de feijão, outras culturas também podem utilizar a técnica.
No primeiro ano, não há muita diferença visível. No segundo e no terceiro ano, a lavoura se mostra mais homogênea, com melhoria na qualidade das raízes e incremento de produtividade.
Por mais que haja um aumento no custo, esse controle vem sendo feito pelo próprio sentimento do produtor em relação à lavoura, devido aos mesmos problemas enfrentados ano após ano.
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