Cooperativa do RS quer triplicar industrialização de feijão, mas esbarra na restrição de oferta no estado
Laércio Dalross, gerente de Agroindústria da Camnpal, destaca que a região de Nova Palma (RS) é formada por pequenas propriedades. Assim, a cooperativa trabalha com vários produtos, sendo um deles o feijão, que é adquirido para ser processado, embalado e vendido no varejo.
São 5.500 associados de várias culturas. De feijão preto, são movimentados cerca de 150 mil sacas por ano. A região também tem um pouco de feijão carioca, cerca de 2% e também de feijão vermelho, mas o foco está na leguminosa mais consumida no estado.
Os produtores, na última safra, enfrentaram problemas com o clima, provocando desânimo na cultura. Agora, uma nova safra deve se iniciar, mas os preços não estão animadores e os investimentos estão baixos.
Hoje, o feijão tipo 1 está na faixa de R$120 a R$130. Entretanto, existe muito feijão fraco na mão do produtor, que tem pouca aceitação no mercado, pressionando também o preço do tipo 1.
Dependendo da demanda e da qualidade, é buscado o feijão argentino, que chega no Brasil por volta de R$150 a R$155, mas o país vizinho também segura a oferta.
Está sendo encaminhado um projeto pela cooperativa de ampliação da produção de feijão. Será inaugurada uma nova unidade de recebimento de feijão, com o objetivo de chegar a 300 mil sacas por ano. Para a segunda etapa, 600 mil sacas por ano.
Ele lembra que o feijão é uma boa alternativa de produção. Contudo, as pequenas propriedades enfrentam desafios por conta da mão de obra mais cara para a cultura. O incentivo também tem sido feito aos produtores que possuem irrigação, estimulando a rotação de culturas.
1 comentário
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rodrigo werlang lebelein Cruz Alta - RS
Feijão: .. o maior problema enfrentado hoje são os compradores deste produto. A grande maioria dos produtores desistiu da cultura pela falta de seriedade desses compradores...