Noroeste de MG reduziu em 30% a área plantada de feijão da terceira safra com irrigação comprometida pelo baixo nível dos açudes
O produtor Jeferson Appelt, de Paracatu (MG), conta que a terceira safra de feijão no noroeste mineiro deverá ter uma diminuição de 30% a 40%, em função um menor volume de chuvas no verão. Como as lavouras dependem de pivô central, alguns produtores, frente a reservatórios muito baixos, optaram por produzir menos devido à incerteza dos resultados.
A média histórica de chuvas é de 1100mm a 1300mm. Neste ano, esse volume caiu pela metade. Appelt destaca que a lavoura de feijão irrigado "custa muito caro" para que o risco seja assumido.
Este fator gera, consequentemente, uma oferta menor na região. Na semana passada, os preços giraram em torno de R$200. Nesta semana, a R$160 - entretanto, os produtores devem aguardar por melhores preços ou venderem apenas quando houver necessidade de caixa. Nesta semana, não houve venda de feijão em Paracatu.
A colheita já teve início em 30% da área. A safra deve ser bastante escalonada neste ano e produzir feijões, em grande parte, com nota 9,5. Qualidade não é um problema, como conta o produtor.
Agora, os produtores aguardam os próximos passos da colheita e do mercado. Ele destaca que a cadeia está bem organizada e que os produtores trocam informações por meio de grupos no WhatsApp, obtendo mais informações sobre o real mercado e evitando cair em manobras especulativas.
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