No PI, colheita da soja começa nos próximos dias e a expectativa é de redução na produtividade
Após muitas preocupações com o clima irregular, os produtores do Piauí finalizaram o plantio da soja e se preparam para a colheita do grão. As primeiras lavouras, cultivadas no final de outubro e primeira quinzena de novembro, foram as mais comprometidas. Além disso, as plantações semeadas mais tarde estão sendo atacadas pela mosca branca e a falsa medideira.
De acordo com o representante da Aprosoja PI, Altair Fianco, o nível de infestação das pragas é muito superior ao da Helicoverpa. “Estamos quase em desespero para combater a falsa medideira. E temos o mesmo princípio ativo e, não conseguimos exterminar a lagarta. Ela come as folhas e também as vagens”, destaca.
Com isso, os custos de produção nesta temporada estão bem mais altos, se comparados com os anos anteriores. Fator decorrente do replantio, o ataque das pragas e também com a perspectiva de quebra na produção. Em torno de 10 dias, os produtores são obrigados a fazer entre 2 a 3 aplicações nas plantações. O representante orienta que, os agricultores devem se concentrar em um manejo diferente e com princípios ativos diferentes.
Em relação à produtividade, a média deverá ficar próxima de 2.400 mil quilos a 2.500 mil quilos por hectare de soja, número abaixo do observado nas safras passadas. A região de Uruçuí, uma das mais afetadas no estado, deverá registrar uma queda de 30% na produtividade das plantações.
Diante desse cenário, os produtores esperam fazer vendas melhores para cobrir os custos. “Temos preços ao redor de R$ 55,00 a R$ 56,00 a saca da soja. No mercado futuro, o preço chega a R$ 60,00 a saca. Mas muitos estão segurando as vendas, temos um mercado mais quieto”, destaca Fianco.
Milho
No caso do milho safrinha, a área deverá registrar uma redução expressiva, em função do atraso no plantio da safra de verão. “O PI quase não terá safrinha de milho, em algumas regiões onde tivemos que dessecar a soja, pois não tinha condições de produção, virou um milho safrinha que não estava programado. Porém, são áreas pequenas e, consequentemente, os agricultores farão o investimento na cultura do feijão”, acredita o representante da entidade.
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