Boi Gordo: Mercado segue travado e tendência é de manutenção do cenário por pelo menos 20 dias

Publicado em 03/03/2015 12:38
Boi Gordo: Mercado segue travado e tendência é de manutenção do cenário por pelo menos 20 dias. Preços ainda trabalham no intervalo de R$ 144,00 a R$ 145,00. Greve dos caminhoneiros, ao continuar, pode impactar diretamente no preço da carne e no fluxo de produto.

A semana começou em ritmo lento no mercado do boi gordo, com poucos negócios realizados e alterações de preços. No mercado físico as escalas de abate seguem encurtadas, pois os frigoríficos relutam em reajustar seu preço de balcão. O movimento de alta só deve ganhar força durante a primeira quinzena de março, considerando o maior apelo ao consumo durante o período. Em São Paulo, o mercado segue travado, a R$ 145,00/@. 

“É uma disputa da indústria - que não pode pagar mais que esses R$ 144,00/@ a R$ 145,00/@ aqui em São Paulo - porque ela também não está conseguindo ter uma boa venda dessa carne no atacado. O mercado interno muito fraco, e as exportações também muito abaixo”, explica Guilherme Reis, da Multitrade Assessoria em Mercados Futuros.

Para Reis, a instabilidade econômica, inflação em todos os produtos e serviços, faz com que o consumidor perca poder de compra, especialmente para os produtos mais caros. Todos esses fatores influência diretamente na baixa demanda no mercado interno.

Nas exportações, que fechou em 33% abaixo se comparado ao mesmo período do ano passado, colaborou com o aumento dos estoques, mesmo com o real altamente desvalorizado.

Com a dificuldade logística, devido à greve dos caminhoneiros, houve uma restrição na vinda de carnes do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. "Então, o mercado aqui no estado de São Paulo, teve uma valorização no quilo do boi casado. Mas se analisarmos que o mês já se iniciou, e greve dos caminhoneiros quando acabar, essa carne que está em transito chegar ao mercado, pode haver um enfraquecimento no mercado de carne. E a indústria volta a ficar mais pressionada ainda", explica Reis.

Com a instabilidade do mercado físico a mais de três meses, o mercado futuro fica sem volatilidade, e com poucos participantes. "Quem opera no mercado futuro gosta que haja volatilidade, para conseguir ganhos. Temos poucos contratos abertos neste mercado", afirma.

Neste cenário, o pecuarista procura reter seus animais, acreditando em alta nos preços, preferindo engordar o boi no pasto.

 

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Por:
Carla Mendes e Larissa Albuquerque
Fonte:
Notícias Agrícolas

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