Em Gaúcha do Norte (MT), chuvas voltaram, mas a expectativa é de produtividade menor na soja
As chuvas retornaram à região de Gaúcha do Norte (MT) no final de semana. Apesar do alívio, as precipitações, nesse momento, são uma preocupação dos produtores rurais. Isso porque, a colheita da soja já teve início em algumas localidades e o excesso de chuvas pode atrasar os trabalhos nos campos.
Na visão do produtor rural do município, Antônio Pereti, as chuvas que faltaram ao longo do desenvolvimento a cultura, poderão comprometer o andamento da colheita na região. Desde o início da semeadura da safra de verão, o clima irregular foi uma apreensão dos agricultores e, ocasionou um atraso na semeadura da produção.
“Ainda não sabemos como deverá ser em relação à safrinha, pois com o atraso das chuvas, alguns produtores arriscaram e tiveram que fazer o replantio. Ficou muito complicado, eu mesmo, só irei plantar o milho em uma pequena área, com pivô, para a alimentação dos animais”, destaca o produtor.
Além disso, a expectativa já é de uma redução entre 10% a 20% na produtividade das lavouras de oleaginosa devido ao clima desfavorável. “Especialmente que plantou no final de novembro, a soja estava em fase de floração e começo da formação das vagens, teremos uma boa falha na produção. A média do rendimento gira em torno de 56 sacas de soja por hectare”, afirma Pereti.
Paralelamente, os altos custos de produção, principalmente para a próxima safra já ocasionam uma apreensão aos produtores. Principalmente por conta do aumento nos preços dos combustíveis e da valorização do dólar, conforme sinaliza o agricultor.
Pragas
O aparecimento das pragas nas plantações também trouxe dor de cabeça aos produtores da região. Nesta safra, com o surgimento da mosca branca e a falsa medideira, os custos subiram significativamente, por conta do maior número de aplicações nas lavouras.
“Isso acabou pesando no bolso do produtor rural. Em contrapartida, tivemos preços para negócios antecipados entre R$ 47,00 até R$ 53,00 a saca da soja. Com isso, o produtor irá depender muito da produtividade para fechar os custos e ter uma lucratividade nesta temporada”, ressalta o agricultor.
Safrinha de milho
Devido ao atraso na semeadura da soja, a expectativa é de uma redução em torno de 50% na área destinada ao cereal em Gaúcha do Norte. “Se plantarmos o milho até o 10 a 15 de fevereiro, temos grandes chances de produção, mas depois desse período poucos irão cultivar o milho, uma vez que as chuvas cortam cedo e é muito arriscado. A perspectiva é que a colheita da soja se concentre a partir do dia 20 de fevereiro na região”, acredita.
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