Com La Niña fraco ou clima neutro, nada muda para agricultura brasileira. Primavera terá melhores condições para as lavouras
Após a influência do El Niño, fenômeno climático que se caracteriza pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico, as previsões climáticas indicavam que a partir da primavera de 2016 o clima seria influenciado pela ocorrência da La Niña, [fenômeno oposto] que ocorre a partir do resfriamento das águas superficiais do Pacífico.
Recentemente, novos dados meteorológicos de agências em todo o mundo começaram a trazer dúvidas sobre as expectativas de formação da La Niña. O NOAA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, sigla em inglês) publicou na última semana que "as condições para o fenômeno são favoráveis [de 50%] para formação entre a primavera e verão do hemisfério sul.”
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Porém, o meteorologista da Climatempo, Alexandre Nascimento, explica que a maior parte das previsões tem indicado um fenômeno de baixa intensidade, onde as condições seriam muito próximas a um clima de neutralidade.
"A diferença é mínima para o que vinha sendo previsto e o que os atuais modelos indicam agora. Do ponto de vista prático, as condições de clima para a América do Sul terão pouca alteração", diz Nascimento.
Muito embora as medições continuem indicando o resfriamento das águas do Pacífico, o meteorologista ressalta que o NOAA prevê apenas uma anomalia de 0,1°C a 0,2°C no pacífico equatorial. Em tese, a La Niña traz regularidade de chuvas para algumas regiões brasileiras e seria positiva para a produção de grãos na safra 2016/2017.
Para Nascimento a possibilidade de formação de La Niña de baixa intensidade ou condições neutras para o clima, ambas trazem pouca influência a produção agropecuária brasileira.
Assim, "as previsões indicam que o próximo trimestre será de temperaturas ligeiramente mais altas e chuvas irregulares em todo o país", acrescenta. (Confira o mapa climático).
"A inconstância das chuvas é que define a irregularidade, mas não será um tempo completamente seco como foi 2015", afirma o meteorologista.
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