Chuvas voltam ao centro-norte do país nos próximos 15 dias com volumes de até 150 mm no Tocantins, Pará, Bahia e parte de Goiás
No mês de janeiro as chuvas retornaram com força ao Brasil Central onde algumas regiões chegaram a registrar até 500 mm no período. Essa mudança no padrão climático beneficiou as lavouras de verão que vinham sofrendo com a estiagem e altas temperaturas.
Além disso, neste período, as precipitações cessaram na região sul dando uma trégua a áreas que estavam recebendo água em excesso. As atenções se voltam agora para o clima durante a colheita que já começou em boa parte do país. De acordo com o meteorologista da Climatempo, Alexandre Nascimento, nos próximos quinze dias os estados do Tocantins, Pará, Bahia, Mato Grosso e parte do Goiás podem receber volumes de até 150 mm.
Já no sul o volume de chuvas reduz - sem parar completamente - não devendo afetar os trabalhos de campo ao longo do período. "Para as duas próximas semanas volumes devem ficar entre 30 a 70 mm dependendo da região", explica Nascimento.
O meteorologista alerta que nos estados que compreendem toda a faixa central do Brasil, desde Rondônia até o São Paulo e Espírito Santo, os volumes maiores devem ocorrer na última semana do mês, por isso, os produtores devem aproveitar os dias mais secos para realizar os tratos necessários.
Para a safrinha, diferente do que ocorreu nas duas últimas temporadas, a chuva não deve se estender até maio e junho. Com isso, os produtores que pretendem arriscar o plantio fora da janela ideal, devem ter cautela.
La Niña
Os efeitos do El Niño vêm perdendo força conforme o ano avança, e junto com a perda de força é observado o resfriamento das águas do pacifico. De acordo com Nascimento até o final do outono devemos perder totalmente as influencias do fenômeno.
Com isso, o inverno poderá ter temperaturas mais baixas neste ano, com possibilidade de geadas em algumas localidades. "E ao longo desse segundo semestre vai se formando a La Niña, que deve provavelmente ganhar corpo no mês de dezembro", explica Nascimento.
Para o sul, a influencia do La Niña traz chuvas bastante irregulares, e na próxima safra a perspectiva é que ocorram volumes menores do que ocorreu neste verão, ao mesmo tempo, não há expectativa de tempo completamente seco.
Durante os meses de maio a outubro o clima não irá sofrer interferência de nenhum fenômeno, comportando-se assim dentro dos padrões normal para cada período e região.
O La Niña só seria um influenciador significativo do clima apenas em 2017. "Na próxima safra não devemos ter seca no norte e nordeste e no restante do Brasil ficará bem próximo da normalidade. O que acontece em ano de La Niña são as temperaturas ficarem abaixo do normal, então pelo menos em principio o fenômeno beneficia muito mais a produção do Brasil do que o El Niño", destaca o meteorologista.
0 comentário
Confira a previsão do tempo para esta sexta-feira (22) para todo o Brasil
Monitoramento do Inmet mostra chuvas mais fracas em áreas de Mato Grosso do Sul e Paraná, e previsão é de anomalia negativa nos próximos dias
Confira a previsão do tempo para esta quinta-feira (21) para todo o Brasil
Confira a previsão do tempo para esta quarta-feira (20) para todo o Brasil
Inmet: Chuvas podem superar 100 mm no sul de Mato Grosso, Goiás, norte de Mato Grosso do Sul e áreas de Minas Gerais nos próximos dias
Confira a previsão do tempo para esta terça-feira (19) para todo o Brasil