Depois de uma primavera seca, chuvas se regularizam no Centro-Oeste e devem continuar ao longo de janeiro

Publicado em 06/01/2016 13:43
Chuvas devem continuar ao longo de janeiro e acumulado em MT pode chegar a 200 mm nos próximos dias

Após sofrer uma primavera bastante seca, o Brasil Central deve voltar a receber bons volumes de chuva até janeiro. Em algumas regiões como Mato Grosso, Tocantins, Bahia e Goiás já começaram a apresentar precipitações mais regulares nas últimas semanas.

Essa melhora nas condições climáticas tem beneficiado a cultura da soja nessas localidades. De acordo com o meteorologista da Climatempo, Alexandre Nascimento no MT, oeste de MS, DF e no centro-norte de GO, a previsão para os próximos dias é de pancadas de chuva que intercalam com rápidas aberturas de sol.

Nós últimos dez dias as chuvas em toda a faixa que cobre desde a Amazônia até o sul de Minas, passando por Goiás, Mato Grosso do Sul e São Paulo, tiveram um acumulado médio de 100 mm. Já a região sul, especialmente o Rio Grande do Sul, teve um descanso no intenso volume de chuvas que vinham castigando o estado no segundo semestre de 2015.

Nos próximos 15 dias é esperado mais 200 mm de chuvas para a região Centro-Oeste, o que deve regularizar as condições das lavouras nesses estados. "No Matopiba também é esperado precipitações até acima da normalidade para algumas localidades, como no sul do Maranhão, Piauí e Bahia, assim como no Tocantins", explica Nascimento.

Ainda assim, o meteorologista afirma que as chuvas devem irregulares nessas regiões, mas em melhores condições do que vinham apresentando.

Sul

Os modelos meteorológicos indicam que a região sul ainda terá forte influencia de frentes frias, mas o volume de chuva reduzirá significativamente nesses Estados, "e os intervalos entre as precipitações começam a ser maiores a partir de agora", ressalta Nascimento.

Sudeste

A maior preocupação para essa região é o Espírito Santo que tem recebido baixo volume de chuvas nos últimos meses. Segundo o agrometeorologista, a exemplo do que ocorre na região litorânea do Nordeste, o ES deve continuar com precipitações bastante irregulares, o que preocupa os produtores de café robusta.

Para as regiões produtoras de arábica, as chuvas já começaram a se normalizar e devem ocorrer com maior força na segunda quinzena do mês de janeiro.

Mapa Climatempo

Comparativo de chuvas entre os meses de 2014 e 2015:

Mapa Climatempo

Mapa Climatempo

Mapa Climatempo

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Tags:
Por:
Aleksander Horta e Larissa Albuquerque
Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • Angelo Miquelão Filho Apucarana - PR

    Em áreas onde houveram perdas acentuadas não há chuva que faça milagres, o tempo da soja já passou. Em áreas de re-plantio a produtividade também já foi comprometida, isso é fato incontestável! O que vai ocorrer daqui para frente é pressão psicológica e especulações em torno da real situação... Mesmo onde as chuvas são intensas, onde sobram (como no Paraná), há perdas importantes! Ou seja, quem tiver folego para guardar a colheita vai ter bons preços à disposição, pois os chineses precisam comprar, seja do Brasil ou dos EUA, isso não vem ao caso..., os preços irão crescer, quer queiram ou não!

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    • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

      Acho que você tem razão Sr. Angelo, com todo o efeito, a bomba de hidrogênio é da China, em todas as bolsas mundiais, efeitos devastadores só por uma alta de juros de 0,25% nos juros americanos, o preço da soja e do milho estão consolidados, quer dizer, tudo indicava queda forte e ao invés disso, até agora, o preço está consolidado nos 8,60. Longe de fazer pressão psicológica, gosto de especular, manipular dados para traçar cenários, e um modelo de cálculo que me veio à cabeça é o seguinte: Normalmente os produtores plantam de 20 à 25% da área de soja precoce, uns um pouco mais, outros menos. Bem, os primeiros relados dão conta de uma produtividade, no PR, entre 40 e 50 sacas/ha, arredondando 45. Vamos lá, comparando com a produtividade média do ano passado, segundo o mesmo entrevistado que foi de 60 sc/ha, temos uma perda de, veja só, 25% redondo. Agora, ampliando esse cálculo para o Brasil, temos para uma produção estimada em 100 mi de ton, uma perda de 25% em 22,5 mi de ton, dá um total de 5,6 mi de ton perdidas só na soja precoce. Essa é realmente uma possibilidade, podendo a perda total chegar ao dobro disso, mas ao mesmo tempo, mesmo que disso tivéssemos certeza absoluta, até quanto vai subir? Qual será o teto? O que penso é o seguinte, só especula alto, quem pode perder muito, ou deixar de ganhar, e a maioria pensa que especulador só ganha, o que não é de modo nenhum verdade, pois quem especula pode perder também, ou deixar de ganhar. A maioria quando deixa de ganhar, mesmo não tendo perdido nada, sente a mesma dor de como se tivesse realmente perdido.

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