História mostra que, se confirmada, recessão econômica não afeta consumo de café, mas pode alterar perfil de compra do consumidor final
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História mostra que, se confirmada, recessão econômica não afeta consumo de café, mas pode alterar perfil de compra do consumidor final
O mercado futuro do café arábica encerrou as cotações dessa quinta-feira (7) com ajustes para os preços na Bolsa de Nova York (ICE Future US). O dia foi marcado por tranquilidade, após uma semana intensa de grande aversão ao risco no setor financeiro.
Setembro/22 teve queda de 30 pontos, negociado por 218,90 cents/lbp, dezembro/22 teve baixa de 20 pontos, cotado por 216,05 cents/lbp, março/23 teve queda de 15 pontos, valendo 213,30 cents/lbp.
Na Bolsa de Londres o café tipo conilon também teve um dia de ajustes nos preços. Setembro/22 teve queda de US$ 11 por tonelada, valendo US$ 1944, novembro/22 registrou queda de US$ 9 por tonelada, negociado por US$ 1947, janeiro/23 tinha queda de US$ 8 por tonelada, valendo US$ 1943 e março/23 teve queda de US$ 6 por tonelada, negociado por US$ 1941.
Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o analista de mercado Fernando Maximiliano, da Stonex Brasil, explica que o setor financeiro ainda continua em alerta para uma possível recessão global, mas acrescenta que caso se confirme, a história mostra que o consumo de café pode ter alteração no seu padrão de consumo, mas não em termos de volume.
Relembra ainda que isso é um fato observado no mercado interno, após a inflação e os problemas climáticos elevarem o preço do café nas gondulas do supermercado. Os dados da ABIC mostram que mesmo após ao repasse, o brasileiro optou por marcas mais baratas, mas manteve a rotina de tomar café diariamente.
Daqui pra frente, além dos fatores externos no financeiro, as condições climáticas e os estoques certificados na ICE devem ditar o ritmo dos preços. Após queda de mais de 100 mil sacas na ICE, não há previsão de uma recomposição dos estoques no curto prazo.
Até o momento o inverno no Brasil não trouxe nenhum problema nas áreas de produção, e Fernando destaca que o mercado já se preocupa com a possibilidade do La Niña se estender até o período da florada, o que poderia trazer problemas para a safra 2023, até então estimada com uma possível recuperação na produção.
O produtor segue focado na colheita da safra 22, que ainda mantém ritmo mais lento quando comparado com os últimos anos. Além disso, diante deste cenário de muitas incertezas, pouco participa do mercado, fechando negócios a medida que precisa de caixa.
No Brasil, o mercado interno também teve um dia de ajustes nos preços nas principais praças de comercialização do país.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 0,73% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.365,00, Poços de Caldas/MG teve baixa de 0,72%, cotado por R$ 1.370,00, Machado/MG teve queda de 3,62%, valendo R$ 1.330,00, Varginha/MG teve queda de 1,08%, negociado por R$ 1.375,00 e Franca/SP encerrou com queda de 0,71%, cotado por R$ 1.390,00.
O tipo cereja descascado teve queda de 0,69% em Guaxupoé/MG, negociado por R$ 1.440,00, Poços de Caldas/MG teve queda de 0,67%, valendo R$ 1.480,00, Varginha/MG teve baixa de 1,03%, cotado por R$ 1.435,00 e Campos Gerais/MG teve baixa de 1,02%, cotado por R$ 1.460,00.
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