Café: Preocupações com oferta diminuem, mercado se antecipa à safra 23 e preços caem mais de 400 pontos neste início de semana

Publicado em 09/05/2022 15:52 e atualizado em 09/05/2022 17:01
Fernando Maximiliano - Analista de Café da StoneX
Analista destaca que mercado também está ansioso aguardando pelos números de embarques do Brasil, que devem trazer um novo ingrediente e pode voltar a movimentar as cotações de café

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Entrevista com Fernando Maximiliano - Analista de Café da StoneX sobre o Mercado do Café

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O mercado futuro do café arábica inicou a semana com forte recuo para os preços no pregão desta segunda-feira (9) na Bolsa de Nova York (ICE Future US). 

Julho/22 teve queda de 435 pontos, negociado por 206,10 cents/lbp, setembro/22 registrou queda de 440 pontos, cotado por 206,05, dezembro/22 teve queda de 445 pontos, negociado por 205,65 cents/lbp e março/23 teve queda de 440 pontos, cotado por 204,95 cents/lbp. 

Na Bolsa de Londres, o café tipo conilon também encerrou o dia com desvalorização. Julho/22 teve baixa de US$ 63 por tonelada, valendo US$ 2020, setembro/20 registrou queda de US$ 59 por tonelada, negociado por US$ 2020, novembro/22 teve queda de US$ 54 por tonelada, cotado por US$ 2018 e janeiro/23 teve desvalorização de US$ 49 por tonelada, valendo US$ 2014. 

De acordo com o analista de mercado Fernando Maximiliano, da StoneX Brasil, o mercado em Nova York já precificou a questão de oferta mais restrita do Brasil no ciclo atual e já opera de olho na produção do ano que vem - onde o setor espera uma recuperação na produção, caso o clima fique dentro do ideal. 

As movimentações cambiais neste pregão contribuíram para as baixas desta segunda. O dólar registrou mais de 1% de alta ante ao real, o que pressionou as cotações nas bolsas. "O mercado de café tem reagido principalmente fatores macroeconomicos e cambiais nas últimas semanas, tendo em vista que os fatores fundamentais já foram digeridos", afirma o analista. 

Fernando destaca mais uma vez que o grande problema hoje no mercado de café é justamente os números de safra divergentes no mercado. Existe uma lacuna muito grande entre as estimativas de produção, o que de certa forma acaba colaborando com a volatilidade nos preços. 

Para os próximos dias, a tendência é que o mercado continue apresentando bastante variação nos preços, esperando pelos números do Cecafé com relação às exportações do mês de abril. O fator logístico continua no radar do mercado principalmente depois que a China informou novos casos de Covid-19, podendo novamente impactar a logística exportadora a nível mundial. 

No Brasil, a alta do dólar deu suporte ao mercado físico, que teve um dia de ajustes técnicos nas principais praças de comercialização do país.

O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 0,79% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.250,00, Poços de Caldas/MG teve queda de 0,78%, valendo R$ 1.270,00, Varginha/MG teve queda de 1,59%, cotado por R$ 1.240,00 e Franca/SP teve queda de 3,94%, valendo R$ 1.220,00. 

O tipo cereja descascado teve queda de 0,76% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.300,00, Poços de Caldas/MG registrou queda de 0,72%, valendo R$ 1.380,00, Varginha/MG teve baixa de 1,53%, valendo R$ 1.290,00 e Campos Gerais/MG teve queda de 1,50%, negociado por R$ 1.310,00. 

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Por:
Virgínia Alves
Fonte:
Notícias Agrícolas

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