Com recuo nos embarques divulgado pela Secex e com fundamentos firmes, arábica avança mais de 3%
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Entrevista com Eduardo Carvalhaes - Analista de Mercado do Escritório Carvalhaes sobre o Mercado do Café
O mercado futuro do café arábica encerrou a sessão desta terça-feira (4) com valorização expressiva para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). Os contratos chegaram a registrar mais de 1000 pontos de alta e encerram o dia com 3,78% de valorização.
Março/22 teve alta de 845 pontos, negociado por 231,75 cents/lbp, maio/22 teve valorização de 850 pontos, cotado por 231,80 cents/lbp, julho/22 teve alta de 860 pontos, valendo 231,20 cents/lbp e setembro/22 teve alta de 875 pontos, sendo negociado por 230,55 cents/lbp.
Os contratos voltam a subir depois que a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgou recuo de 17,2% nos embarques de dezembro. Segundo os dados, o último mês do ano encerrou com embarque de 3,586 milhões de sacas. No ano passado o volume foi de 4,330 milhões no mesmo período.
Para Eduardo Carvalhaes, analista de mercado, o cenário continua sendo de preocupação com a oferta global de café. Além do Brasil, os demais países produtores do grão também sofrem os impactos das adversidades climáticas. "A primeira semana do ano tradicionalmente é mais tranquila, mas hoje tivemos essa valorização, ou seja, os fundamentos continuam os mesmos, nós temos muitas variáveis e com essa alta o mercado recuperou a queda das últimas duas semanas", acrescenta.
Já na Bolsa de Londres, o dia foi de desvalorização para o café tipo conilon. "Um fator de apoio para o robusta é o menor fornecimento de robusta do Vietnã depois que o Escritório de Estatísticas Gerais do Vietnã informou na última quarta-feira que as exportações de café do Vietnã em dezembro caíram -6,5%", destacou análise do site internacional Barchart.
Março/22 teve baixa de US$ 21 por tonelada, valendo US$ 2349, maio/22 teve baixa de US$ 17 por tonelada, negociado por US$ 2293, julho/22 tinha queda de US$ 15 por tonelada, cotado a US$ 2276 e setembro/22 tinha baixa de US$ 13 por tonelada, valendo US$ 2269.
No Brasil, o mercado físico acompanhou e encerrou com valorização nas principais praças produtoras do país. Ainda assim, os negócios seguem travados com o produtor aguardando para saber o real impacto da seca prolongada e geada na safra 22 do Brasil.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve alta de 3,18% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.460,00, Poços de Caldas/MG teve alta de 1,77%, valendo R$ 1.435,00, Patrocínio/MG teve valorização de 2,76%, negociado por R$ 1.490,00, Varginha/MG registrou valorização de 2,74%, cotado por R$ 1.500,00 e Franca/SP teve alta de 4,20%, valendo R$ 1.490,00.
O tipo cereja descascado teve alta de 2,99% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.550,00, Poços de Caldas/MG teve valorização de 1,67%, valendo R$ 1.525,00, Patrocínio/MG teve alta de 2,67%, cotado por R$ 1.540,00 e Varginha/MG teve valorização de 2,65%, valendo R$ 1.550,00.
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