Apesar da boa safra, não haverá sobra de café e nem estoques elevados já que produção complementaria oferta menor do próximo ano
Nesta quinta-feira (20), o presidente da Cooxupé, Carlos Paulino, conversou com o Notícias Agrícolas para destacar a colheita de café na área da cooperativa, que já chegou a 98%.
Com a safra praticamente encerrada, as chuvas dos últimos dias vieram para "retardar" esse encerramento. Contudo, as perspectivas são boas para a colheita.
A Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) estima uma safra de 59 milhões de sacas de café para esse ano. Na avaliação de Paulino, o café que irá sobrar dessa safra servirá para suprir o próximo ano, que deve ser de safra baixa. Contudo, maior parte desse crescimento se deve ao café conilon, enquanto o crescimento do arábica não foi tão substancial.
Frente a essa realidade, Paulino acredita que os compradores internacionais têm usado de vários argumentos para derrubar os preços na Bolsa de Nova York (ICE Futures Group), ao mesmo tempo em que o Brasil vive uma situação de indefinição política.
Os preços vigentes na bolsa norte-americana são os menores em mais de 10 anos. A situação é, assim, "difícil e preocupante para o produtor", como salienta o presidente. A perda foi maior do que a alta do dólar no Brasil, embora esta ajude a diminuir o impacto.
Quase 90% do café entregue para a Cooxupé até o momento é de boa qualidade. A meta de recebimento de 5 milhões e 600 mil sacas foi superada - o número chegou a 5 milhões e 700 mil, podendo chegar a 6 milhões.
Para a próxima safra, algumas floradas já começam a abrir, mas são necessárias novas chuvas para que estas sejam fixadas.
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