Produtores iniciam a colheita do café em Três Pontas (MG) e a perspectiva é melhor para a safra 2016/17

Publicado em 19/05/2016 10:58
Chuvas ainda não atrapalham os trabalhos nos campos, mas produtores seguem atentos às previsões climáticas. Continuidade das precipitações pode afetar a qualidade dos grãos. Saca do café é cotada a R$ 450,00 na região. Cafeicultores esperam recuperar parte das perdas registradas nos dois últimos anos devido à falta de chuvas.

Em Três Pontas (MG), os produtores iniciaram a colheita do café arábica da safra 2016/17. Ao contrário dos anos anteriores, os cafeicultores estão mais animados em relação a essa temporada, uma vez que as chuvas contribuíram para o desenvolvimento dos grãos e a perspectiva é de uma produção normal na região.

O presidente do Sindicato Rural do município, Gilvan Mesquita Mendonça, ressalta que ainda é muito cedo para fazer uma projeção da produtividade e da qualidade do café. “Nos últimos dois anos, utilizamos 11 medidas para fazer uma saca de café, quando normalmente, usamos 8 medidas. E esse ano como a grana do café está melhor, a expectativa é que voltemos a usar menos medidas”, explica.

Em relação ao clima, a liderança destaca que as chuvas têm aparecido, mas, por enquanto, não preocupam tanto os cafeicultores. “Mas sabemos que se chover muito podemos ter um problema na qualidade do café”, pondera Mendonça.  Ainda nesta quinta-feira (19), a consultoria Safras & Mercado, estimou a colheita de café no Brasil em 30%.

Preços

Atualmente, a saca do café bebida dura (tipo 6) é cotada a R$ 450,00 em Três Pontas. Para o produtor mecanizado, o valor cobre o custo e deixa uma margem, para o semi-mecanizado, a situação é mais apertada e para os que têm colheita manual não cobre os custos, conforme sinaliza o presidente do sindicato.

“Os custos com a mão-de-obra são elevados. A orientação que é que os produtores façam um café de melhor qualidade para tentar ganhar no preço. Até porque temos dívidas das safras passadas, os cafeicultores estão endividados”, alerta Mendonça.

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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