Em Rio Bananal (ES), produção de café conillon já tem quebra de 70% devido ao tempo seco e altas temperaturas
A seca que atinge o Espírito Santo a mais de seis meses está afetando a produção de café conillon. Na região de Rio Bananal (ES), os produtores já registram quebra de 70% nesta safra.
O produtor rural Sérgio Nunes, explica que a estiagem aliada às altas temperaturas está danificando não só o fruto, mas também nos pés de café. Segundo ele, "90% das lavouras são irrigadas, mas neste ano a falta de abastecimento prejudica também a irrigação”, acrescenta.
O Estado que enfrente uma crise hídrica deste o começo deste ano, decretou medidas que restringem a captação de água para a agricultura. Em nove municípios - em que a situação é extremamente crítica - foi estabelecido a suspensão da captação de água durante 15 dias. Nos outros municípios do estado, a captação para esses fins está proibida durante o dia.
"Quando a lavoura fica muito fraca, compensa plantar de novo, porque os pés demorar muito para recuperar". Em algumas regiões "é preciso de três a quatro pés para conseguir uma saca", explica Nunes. Além disso, nas áreas irrigadas, o produtor precisou alongar o período entre uma irrigação e outra para conseguir reservar parte da água disponível.
De acordo com Nunes, os produtores planejavam uma safra recorde de café conillon nesta safra, mas a seca severa afetou a produção, que deve ser pior que no ano passado.
Ainda assim, nos próximos dias existe possibilidade de chuva em todo o cinturão produtivo do sudeste e os agricultores torcem para que este cenário se torne realidade para que se consiga amenizar a dramática moldura existente hoje em regiões produtoras de café conillon.
Com esse cenário de quebra em boa parte das regiões, os preços do conillon reagiram passando a ser cotado a R$ 360,00 a R$ 380,00 a saca. Ainda assim, Nunes ressalta que muitos produtores não terão renda nesta temporada devido à baixa produção.
1 comentário
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João Carlos remedio São José dos Campos - SP
Será que as autoridades brasileiras envolvidas com a cafeicultura e a OIC (cujo Presidente é o sr Robério Silva, um brasileiro), não têm olhos para o que está acontecendo no Espírito Santo? Realmente, estou chegando à conclusão, talvez tarde, que é tudo uma PALHAÇADA... A previsão de um pequeno aumento na produção da Colômbia consegue jogar o Mercado para baixo e, o segundo Estado maior produtor de café do Brasil e primeiro de Connilon, está sendo INCINERADO, e nem é notado por nossos representantes???!!!. Não consigo ver BOA FÉ nisso...!
Meu caro João Carlos ,nem voce e nem nenhum de nós produtores vão ver boa fé neste caso . Estamos por nossa conta e risco e somente Deus para olhar por nós. Nossa região do arábica tambem esta sofrendo......
Nossa região esta tudo atrasado os cafezais estão com seus tratos culturais atrasados por falta de chuva ,alem do mais as chuvas por aqui são esparsa , e as lavouras estão com seus desenvolvimentos mais curtos ,ñ sei porque os preços ñ reagem