Em Coromandel (MG), produtores iniciam a colheita do café arábica e chuvas já ocasionam perdas na qualidade do grão
Em Coromandel (MG), os produtores rurais iniciaram a colheita do café arábica essa semana e a perspectiva é de perdas na qualidade do grão devido às chuvas. Na semana passada, a localidade recebeu precipitações expressivas, que continuaram ao longo dos últimos dias. Além disso, o veranico e as altas temperaturas registradas em janeiro, também comprometeram o desenvolvimento dos grãos. Consequentemente, a produção dessa safra deve ser menor, porém, ainda não é possível quantificar.
Já para a próxima safra, que também era uma incerteza, o presidente do Sindicato Rural da cidade, Rodrigo Otávio de Araújo Herval, destaca que, com as chuvas recentes, a produção de 2016 não deve ser afetada. “Enquanto isso, os preços estão ao redor de R$ 430,00 a saca, e os custos de produção giram em torno de R$ 380,00 a R$ 400,00. O valor ainda cobre o custo, mas deixa margem ajustada aos cafeicultores. E os negócios estão lentos, já que o café de boa qualidade da safra passada já foi comercializado”, destaca.
Recentemente, as lideranças sindicais se reuniram e elaboraram uma pauta para tentar amenizar os prejuízos ocasionados pela seca na produção agrícola mineira. “Apesar da manifestação, nós não tivemos nenhum retorno do Governo do estado. E depois do veranico em janeiro, nós tivemos chuvas, algumas culturas até conseguiram recuperar, porém, tivemos muitas perdas”, explica Herval.
Milho safrinha
A perspectiva é positiva para a produção de milho safrinha da região de Coromandel (MG). As chuvas até o momento ainda contribuem para o bom desenvolvimento das plantas, que estão em diferentes estágios. No entanto, a grande preocupação é o preço que recuou recentemente.
“Temos valores entre R$ 17,00 a R$ 18,00 na nossa região, com custos de R$ 14,00 por saca. Com isso, a perspectiva é que os produtores segurem o produto para tentar melhores oportunidades e o silo bolsa pode ser uma opção”, afirma o presidente.
Por outro lado, as elevações nos custos de produção para a próxima safra também estão no foco dos produtores. “O planejamento da próxima safra é uma incógnita. Os produtores estão tentando comprar os adubos, mas a maior dificuldade é o Banco do Brasil que ainda não liberou o crédito. Os negócios com as revendas também estão lentos”, alerta Herval.
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