Próximo ano deve ser de margens apertadas para pecuaristas com custos de produção subindo mais que os preços recebidos pelo boi
PODCAST: ouça mais informações sobre o mercado do boi
A melhora das chuvas em boa parte das regiões produtoras, o fim do segundo ciclo de confinamento e os contratos a termo, aumentaram a saída de animais nos últimos dias, promovendo o alongamento das escalas de abate.
Em São Paulo as grandes indústrias já estão com as programações completas até a última semana do mês. Isso reduz a pressão de compra no mercado paulista e nos estados vizinhos onde também atuam. No entanto, para o analista da Agroconsult, Maurício Palma Nogueira, esse movimento é natural e já era esperado.
"Mesmo os preços dos indicadores caindo nas últimas semanas, ainda estamos trabalhando dentro do patamar esperado. Tem outra composição que nós devemos ficar um pouco mais preocupado, que é a consolidação do cenário muito ruim do mercado interno", explica Nogueira.
Porém, as boiadas de safra ainda não abastecem o mercado em grande volume, já que as chuvas em novembro foram muito irregulares na maioria das regiões produtoras. Assim, o analista considera que devemos permanecer com patamares de preço acima do registrados em 2014, durante todo a safra.
Para Nogueira, a maior pressão nas cotações deve ocorrer apenas no final do período de chuvas, onde se concentra o abate de vacas, haja vista que neste ano tivemos um volume menor de abatimentos e a perspectivas é de aumento no próximo ano, mesmo com o preço do bezerro ainda em alta.
"Por enquanto acreditamos que o preço de 2016 seja maior que o de 2015 - mas esse cenário precisa ser relido no começo do ano - só que com uma margem mais baixa, pois o custo de produção deve subir mais do que os preços, deixando rentabilidade próxima de 2014", alerta Nogueira.
Segundo ele, o câmbio será o principal influenciador da alta nos custos, haja vista que o dólar elevou a cotação dos principais insumos e da ração, além de gastos com a gestão das propriedades.
Por outro lado, o dólar também deve ser um componente importante para impulsionar às vendas externas do Brasil. A expectativa é que no próximo ano, a abertura de novos mercados, potencialize os volumes embarcados, promovendo sustentação nos preços.
1 comentário
![Volume exportado de carne bovina alcança 162,5 mil toneladas até a terceira semana de julho/24](https://cdn.noticiasagricolas.com.br/dbimagens/thumbs/400x200-ar/a44950c160494a7158429d8f1cd3d0df.jpg)
Volume exportado de carne bovina alcança 162,5 mil toneladas até a terceira semana de julho/24
![Scot Consultoria: Preços inalterados nas praças paulistas](https://cdn.noticiasagricolas.com.br/dbimagens/thumbs/400x200-ar/c48fea9863064de9a7725335645ad18f.jpg)
Scot Consultoria: Preços inalterados nas praças paulistas
![Boi: arroba firme no mercado físico deve enfrentar dois desafios, concorrência com frango após suspensão de exportações e chegada do confinamento](https://cdn.noticiasagricolas.com.br/dbimagens/thumbs/400x200-ar/thumb-base-ucmCV.png)
Boi: arroba firme no mercado físico deve enfrentar dois desafios, concorrência com frango após suspensão de exportações e chegada do confinamento
![Exportação de carne bovina em Mato Grosso dispara no primeiro semestre de 2024](https://cdn.noticiasagricolas.com.br/dbimagens/thumbs/400x200-ar/846993b36b805304036cbe77f0ab4c56.jpg)
Exportação de carne bovina em Mato Grosso dispara no primeiro semestre de 2024
![Radar Investimentos: A semana no mercado físico do boi gordo deve começar com os pecuaristas ainda fortalecidos nas negociações](https://cdn.noticiasagricolas.com.br/dbimagens/thumbs/400x200-ar/28307e75546b6a75d17a30763d43cdc3.jpg)
Radar Investimentos: A semana no mercado físico do boi gordo deve começar com os pecuaristas ainda fortalecidos nas negociações
![Radar Investimentos: Cotações futuras registraram movimentações distintas na B3](https://cdn.noticiasagricolas.com.br/dbimagens/thumbs/400x200-ar/28307e75546b6a75d17a30763d43cdc3.jpg)
Radar Investimentos: Cotações futuras registraram movimentações distintas na B3
Dalzir Vitoria Uberlândia - MG
O autor da matéria fala em boi confinado... e se confirmar um volume menor confinado devido a receita ser menor que o custo haverá uma tendencia de o boi de pasto e o proprio confinado terem uma oferta menor...e isto representa melhores preços..haverá ainda uma oferta menor de fêmeas haja visto uma maior retenção delas..logo oferta menor...
Mas o grande problema será o consumo e este deve continuar em baixa haja visto o endividamento,redução de salarios e o desemprego que aumentarão nos consumidores brasileiros...mesmo assim o cenário ao produtor de boi deve continuar de regular a bom...os preços dos bezerros deverão continuar com leves altas...pois a oferta continuará restrita....