Preços da arroba do boi se consolidam acima dos R$150,00 em São Paulo com oferta ainda muito restrita de animais

Publicado em 09/04/2015 12:10
Preços da arroba do boi se consolidam acima dos R$150,00 em São Paulo com oferta ainda muito restrita de animais.

Muitos contratos no interior de São Paulo já trabalham acima da referência de R$ 150,00/@ à vista por conta da oferta restrita de animais.

Para Fernando Henrique Iglesias, analista da safras e mercado, a falta de animais é motivada pela estratégia do pecuarista de reter o boi no pasto. "O gado de reposição também apresenta uma oferta limitada, tanto que os preços do bezerro e do boi magro estão em patamares acentuados, e o boi gordo que já está terminado continua nas pastagens", explica.

Dessa forma, os produtores seguram os animais no pasto na expectativa de melhores preços, e os frigoríficos são obrigados a pagar mais pela arroba para conseguir recompor suas escalas de abate e, segundo Fernando, há espaço para novas altas no curto prazo.

No entanto, a indústria não consegue repassar essas altas ao produto final. "O preço do atacado subiu bastante nas últimas semanas, mas a questão são as exportações - principalmente no primeiro bimestre - acabaram deixando a desejar. Então os frigoríficos que contam com essa receita de exportação acabaram com uma receita menor do que o esperado" declara Iglesias.

Neste contexto, a indústria depende do desempenho do mercado interno, que também não é positivo, haja vista que os consumidores têm optado por proteínas de preços mais baixos, como frango e suínos.

Porém, a expectativa é que nos próximos meses a oferta pode ter uma reação, já que com a chegada do outono, "a possibilidade de frentes frias pode provocar a deterioração das pastagens, o que resultaria nesses produtores que estão retendo os animais no pasto, serem obrigados a negociar", afirma o analista.

Essa situação não é um caso isolado do Estado de São Paulo, outras regiões produtoras também estão vivenciando um momento de oferta restrita, demanda desaquecida e preço elevados.

 

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Por:
Aleksander Horta e Larissa Albuquerque
Fonte:
Notícias Agrícolas

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