Rio Grande do Sul passa por tragédia humanitária e não pode ter espaço para discursos oportunistas
Rio Grande do Sul passa por tragédia humanitária e não pode ter espaço para discursos oportunistas
O Conexão Campo Cidade desta semana teve como objetivo evidenciar o sentimento presente no Rio Grande do Sul, após as enchentes que atingiram praticamente todos os municípios gaúchos. O economista Antônio da Luz trouxe para esta edição um relato da realidades dos moradores no atual momento.
Conforme ele relatou, todas as vezes que participou de reuniões de negociações de dívidas no estado do Rio Grande do Sul, estava fazendo conta de coisas mensuráveis. Em todos esses momentos, os produtores rurais gaúchos perderam e se recuperaram. Mas agora, não é possível mensurar as cidades alagadas com pessoas sem água e sem energia elétrica e famílias em cima de telhados, com pais separados dos filhos.
Essa situação, de acordo com da Luz, é diferente de tudo que ele viu até hoje. Todos que moram no Grande do Sul, que são de lá ou que gostam do estado, estão sofrendo juntos. Para ele, não é hora de dizer que o problema é de algum setor, agora é um problema de pessoas. Neste momento existe um drama humano muito maior do que qualquer drama material.
Como ele explicou, os produtores rurais que tiveram problemas com suas lavouras e suas máquinas vão se unir a comerciantes que, quando as águas abaixarem, não terão mais seus freezers, donos de academia que não terão mais seus equipamentos, assim como salões de beleza que perderam tudo, etc. “Estamos falando de um desastre que nenhum lugar do Brasil experimentou na proporção que estamos experimentando e iremos experimentar”, declarou o economista.
“Depois que as águas abaixarem, haverá problemas logísticos importantes, coisas que terão de ser refeitas. A economia estará devastada, pois aquilo que gera o emprego, não estará mais lá. As empresas estarão destruídas e, destruídas, não poderão gerar o emprego das pessoas”, acrescentou.
Por esse motivo, ele afirma que agora não pode haver espaço para discursos oportunistas, como estão ocorrendo, com pessoas aproveitando o momento para criticarem o agronegócio ou aqueles que estão comemerando que perdas agropecuárias poderão trazer alta de preços.
Entretanto, Antônio da Luz destacou que apesar de muitos acreditarem que gaúcho é “bairrista” e uma minoria realmente ser, uma “meia dúzia de abobados que não conhecem a história do Rio Grande do Sul, mas que ganham destaque pois as pessoas gostam dessas narrativas”, o Rio Grande do Sul lutou e deu o sangue, perdeu muitos dos seus para ser um estado brasileiro.
Agora, o Rio Grande do Sul vê o apoio dos brasileiros, que estão enviando voluntários, com listas já cheias, e a ajuda que tem recebido de todo o país. “Estamos vendo o brasileiro devolvendo o carinho, respeito e apoio que este tem para o Brasil. Estamos vendo a resposta em forma de acolhimento, solidariedade e ajuda financeira. Confira formas de ajudar os moradores gaúchos:
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