Movimentos do dólar por influência política e como isso afeta os valores de custos e vendas para o produtor rural
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Movimentos do dólar por influência política e como isso afeta os valores de custos e vendas para o protutor rural
O agronegócio e os setores urbanos estão intrinsecamente conectados, já que as cadeias produtivas de alimentos influenciam diretamente no cotidiano das cidades. Porém, muitos ruídos de comunicação entre as duas pontas geram discussões e desentendimentos que merecem atenção. Nesse contexto, o site Notícias Agrícolas e a consultoria MPrado desenvolveram o projeto Conexão Campo e Cidade, que visa debater diversas questões relacionadas aos negócios que envolvem os ambientes urbanos e rurais.
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Acontecimentos do meio urbano influenciam no valor do dólar, moeda que é decisiva para as comercializações do produtor rural. Além das variações de mercado para a venda da produção, quase todos os insumos agrícolas são importados, o que interfere nos custos do agropecuarista.
Por esse motivo, estar atendo às variações da moeda norte-americana é decisivo para o empresário rural. Assim, no Conexão Campo Cidade, o economista Antônio da Luz falou sobre o cenário do dólar dentro e fora do Brasil e possíveis variações que podem ocorrer durante este ano.
Baixa frente a outras moedas, estabilidade em relação ao Real
Como explicou o economista Antônio da Luz, nos últimos meses de 2022, o dólar começou a fazer um movimento de desvalorização em relação a moedas de todo o mundo. Isso ocorreu em países como Chile, Colômbia, Peru México, com quedas de 3% a 11%.
Por outro lado, a taxa de câmbio do Brasil registra um leve aumento em comparação com 4 de novembro de 2022, quando o dólar valia R$ 5,019. Para o economista, isso significa que "o dólar caiu tanto lá fora, que se o governo tiver uma postura fiscal mais adequada para o que se espera de política econômica, o nosso câmbio, dessa vez, tem uma chance real de perder os R$ 5,00. Além disso, a moeda apenas vale mais do que R$ 5,00 por conta de incertezas e dúvidas da condução fiscal do atual governo do Brasil.
Vendas atrasadas na safra 22/23
Dessa maneira, Marcelo Prado levantou a informação de que as vendas das commodities da safra 22/23 estão apenas em 30%, abaixo dos níveis históricos para este momento. Para ele, "os empresários rurais podem ter perdido oportunidades interessantes de um mix de preço bem maior". Segundo ele, isso pode reduzir a rentabilidade de muitos produtores rurais.
Roberto Rodrigues afirmou que esse tema é muito grave, pois "o juro aleija, o juros mata". Segundo ele, se a colheita da safra acontecer com o dólar abaixo dos R$ 5,00, esse descasamento entre custo e preço final fará um "estrago violento". A torcida do ex-ministro é de que essa queda não aconteça, ao menos não antes de julho. Se cair no segundo semestre, será até mesmo ideal para o agricultor para a aquisição de insumos.
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