Café brasileiro: qualidade e potencial de alcance internacional
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Café brasileiro: qualidade e potencial de alcance internacional
O agronegócio e os setores urbanos estão intrinsecamente conectados, já que as cadeias produtivas de alimentos influenciam diretamente no cotidiano das cidades. Porém, muitos ruídos de comunicação entre as duas pontas geram discussões e desentendimentos que merecem atenção. Nesse contexto, o site Notícias Agrícolas e a consultoria MPrado desenvolveram o projeto Conexão Campo e Cidade, que visa debater diversas questões relacionadas aos negócios que envolvem os ambientes urbanos e rurais.
Confira aqui todas as edições do Conexão Campo Cidade
Nesta semana, o tema do programa foi o consumo e exportação de café. Para falar sobre esse assunto, o Conexão Campo Cidade recebeu Marcos Matos, diretor geral do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil). Conforme afirmou o convidado, para mostrar a qualidade do café brasileiro e ampliar os números nacionais de exportação, é necessário que exista um diálogo bem trabalhado, em forma de propaganda, com os setores da indústria, varejo e os consumidores. Confira a seguir os principais destaques da edição.
Propaganda não pode seguir os padrões tradicionais
Marcelo Prado levantou a questão de que, quando está em um restaurante fora do Brasil, é oferecido o café colombiano, pois a bebida do país vizinho é comercializada como exemplo de qualidade. Matos afirmou que o Brasil deixou de fazer promoção de imagem nas últimas décadas, por isso não tem o mesmo reconhecimento.
Além disso, para Matos, não adianta seguir os padrões tradicionais de marketing utilizados até agora no Brasil para se falar da bebida. Não adianta mostrar apenas as máquinas usadas para a produção dos grãos. Segundo ele, o consumidor quer uma humanização do agro, quer conhecer a história dos produtores. É preciso que o consumidor, tanto nacional quanto internacional, veja o produto nas prateleiras do supermercado e identifique que aquele é um produto feito com boas práticas de sustentabilidade e gera desenvolvimento humano.
Consumo de café na China
O consumo de café tem crescido na China, e o país asiático, com mais de 1 bilhão de habitantes, é um importante importador do produto brasileiro, com um potencial enorme de expansão do número que hoje, de acordo com Marcos Matos, é de 5 milhões de sacas por ano. Isso porque a bebida tem um apelo de ser um produto ocidental, tradicional do mundo corporativo, e ganha cada vez mais espaço entre jovens e mulheres chineses.
Para aproveitar esse potencial, tem sido inauguradas redes de café nas principais cidades chinesas, com unidades focadas no café especial. A expectativa é de que o consumo no país continue crescendo, justamente aproveitando essa onde de expansão entre o mundo corporativo chinês.
Conflito entre Rússia e Ucrânia e a oferta de fertilizantes no Brasil
Outro tema debatido na última edição foi o conflito entre Rússia e Ucrânia e como isso impacta na oferta de fertilizantes para o Brasil. Autoridades políticas brasileiras têm feito esforços para conseguir administrar essa situação e garantir que os produtos cheguem para os produtores nacionais.
Contudo, os participantes do Conexão Campo Cidade voltaram a destacar que é necessário o Brasil invista em uma produção própria para se tornar menos dependente de outros países. Além disso, como apontou Roberto Rodrigues, os biofertilizantes e biodefensivos precisam se tornar cada vez mais uma opção para os produtores. No Brasil, é onde o uso desses produtos mais cresce e é preciso que essa inovação continue avançando.
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