Resistência múltipla da Buva chega ao 2,4-D. Estudos em andamento tentam entender o tamanho do problema
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Plantas daninhas com resistência no PY - Leandro Albrecht - Professor da Universidade Federal do Paraná
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De acordo com o Professor da Universidade Federal do Paraná, Leandro Albrecht, o cenário muito preocupante de indicativo de resistência de plantas daninhas. “Em 2016, nós identificamos muitos casos de resistência a buva ao paraquat, glifosato e as outras marcas comerciais e na safra 2016/17 isso foi identificado no Paraguai”, afirma.
Através de um projeto em parceria com a Universidade, os pesquisadores comprovaram os indicativos de resistência da buva aos herbicidas paraquat, glyphosate e Chlorimuron no Paraguai. “Outros grupos também estão pesquisando sobre o assunto já que é preciso estudar bem para ver qual é a melhor alternativa para combater as pragas nas lavouras”, comenta.
O professor salienta que para combater esse problema é preciso pensar em manejo integrado para plantas daninhas. “Independente da planta é preciso que os produtores pensem em estratégias em um conjunto em que modifiquem os herbicidas utilizados. No caso da buva pode chegar a se multiplicar até 360 mil sementes que é facilmente dispersa pelo o vento”, pontua.
Atualmente, apenas 14% dos agricultores no Brasil utilizam pré-emergentes nas lavouras de soja. “Diferente da década de 90 em que os produtores usavam muitos pré-emergentes nas plantações e vamos ter que voltar a pensar dessa forma. Só que tem um detalhe, o custo do herbicida vai aumentar o valor de produção total, mas se deixar o mato perde muita produtividade”, diz.
Uma planta de buva por metro quadrado pode levar uma perda de 14%. No caso do capim amargoso pode comprometer 20% da produtividade das lavouras. “Se pensarmos em buva é uma hillux que o produtor está perdendo a cada 300 hectares. Por isso, é preciso investir para conseguir colher e mitigar os impactos das plantas daninhas nas lavouras”, ressalta.
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