"Agricultura moderna requer outra forma de administração", diz ministro Blairo Maggi

Publicado em 13/12/2016 08:18
Produtor tem de estar atento aos dados, principalmente de estoques, na hora da comercialização, orienta o ministro da Agricultura. Brasil procura agora abrir novos mercados, principalmente para produtos de valor agregado, fortalecendo ainda mais a base da agricultura nacional da soja e do milho.

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, participou da abertura do projeto Mais Milho, em Cuiabá/MT, na última semana e destacou a importância do agronegócio brasileiro trabalhar na abertura de novos mercados, principalmente focando compradores para produtores de valor agregado, como as proteínas animais. O objetivo de medidas como essa, é portanto, fortalecer a base da agricultura nacional com a soja e o milho. Já em março de 2017, ministro do México vem ao país conhecer o mercado e produtos nacionais. 

"Quando saímos do Brasil para vender alguma coisa, não falamos de agricultura, falamos de pecuária, frango, suínos", diz o ministro. "A questão do grão vai bem. Precisamos é abrir novos mercados para que a gente não fique na mão de um único país, como ficamos hoje nas mãos da China no caso da soja". 

Milho

Sobre os preços do milho, ministro afirma que o foco é buscar um equilíbrio para este mercado, que seja independente das condições da safra nacional, além de definir melhor o papel regulador do governo. E afirma ainda que a informação bem apurada, além do conhecimento da realidade presente do mercado é a principal ferramente para uma comercialização bem sucedida. 

"O mercado sempre se ajusta, ele é soberano, precisamos entender isso. E o governo tem o papel da informação, e a Conab - que é a empresa que cuida disso - é uma instituição muito séria (...) e a Conab, em determinado momento este ano, foi ao mercado e disse que os estoques de passagem seriam de 5 / 6 milhões de toneladas, e os produtores não acreditaram nisso e os produtores deixaram de vender esperando ganhar mais", disse. 

Maggi mais uma vez, portanto, reforçou a fidelidade dos dados da companhia e da importância para o produtor brasileiro traçar suas estratégias de venda. "Sei que é um desprendimento por parte do produtor, não é fácil, mas na agricultura moderna, com todas as variáveis e informações, requer um novo momento e nova forma de administração, principalmente na compra e venda dos insumos", conclui. 

Como alternativa para a grande oferta de milho, principalmente no estado de Mato Grosso, o ministro lembrou ainda da continuidade dada à proposta da produção de etanol de milho.

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Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • Carlos William Nascimento Campo Mourão - PR

    De que adianta o produtor estar "antenado" com números de estoque, produção, demanda e os diabos, se o que interessa pro governo é fornecer comida barata para a população ficar bem mansinha? Não existe administração competente que consiga competir com a intervenção do governo na taxa de câmbio, na liberação por parte do governo de importações de milho, café, leite, arroz, feijão, etc... este modelo de "não" política agrícola está dizimando os pequenos e médios agricultores. Os grandes estão quietos, pensando que vão comprar as terras destes últimos bem baratinho. Mas fiquem atentos, que somente sobrarão os gigantes.

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    • Carlos William Nascimento Campo Mourão - PR

      Os agricultores brasileiros que ainda estão na atividade certamente são os melhores do mundo. Não existe país que trate tão mal seus produtores rurais. Em nenhum local do planeta existe tamanha transferência de renda de uma classe produtiva para o restante da população. Quando o governo libera a importação de leite em pó para ser rehidratado aqui no Brasil, derrubando o preço, na verdade ele está tirando renda do produtor para subsidiar a população da cidade. Isso se repete com outros produtos, como milho, trigo e agora o café. Basta o preço de um produto agrícola subir para a população e lá vem o governo intervir para derrubar . Isso se chama sacanagem. deixe o mercado se autoregular. Agricultor não quer estes cursos de sindicato que nos dizem pra pintar a cerca, limpar o paiol, organizar a oficina. Que assim vamos ser eficientes. Mais eficiente que o produtor que vende um saco de trigo por R$32,00? Mais eficiente que um tirador de leite que vende o produto por R$1,00 o litro? Peguem estes cursos e prêmios de fim de ano e guardem bem. Agricultor quer renda. Quer receber pelo que produz sem sacanagem de governo . Temos que lutar pelo fim do imposto sindical obrigatório. Somente assim poderemos escolher quem nos representa. Se não gostarmos, paramos de pagar. O resto é conversa mole.

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    • nilo otavio baqueta Mamborê - PR

      Parabéns belo comentário, falou tudo

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    • Hiper Agro Candeias - MG

      Concordo com ambos, o governo precisa deixar o mercado se auto regular.

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    • Dalzir Vitoria Uberlândia - MG

      Caro Wilian...dias atras o ministro da agricultura falou em alto e bom som...era contra uma agricultura de subsidios..(não sou pago a defende-lo) e foi criticado pelos 4 cantos do país..aquele comentarista do canal rural que ontem chamou de palhaço quem pensa diferente dele( o no cego do Daud)desceu o cacete a época..o agricultor pequeno ..médio ou grande não precisa de benesses e sim que deixem o mercado se auto regular...

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    • carlo meloni sao paulo - SP

      Agora tomou a decisao de importar cafe'----

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    • Ronaldo Brejauba goiania - GO

      Lembrança da Katia Abreu,que no dia de deixar ministério fez essa canalhice .Nunca se esqueça disso!

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