Falta dinheiro! Crédito escasso ameaça nova safra brasileira
Para a safra 2016/17, o produtor rural encontra problemas para conseguir crédito. Com a economia brasileira no pico da crise, com dificuldade de captar recursos para o país, o funcionamento da atividade agrícola fica comprometido no que diz respeito ao financiamento.
De acordo com o economista Matheus Marino, da FGV, a perspectiva para o agronegócio brasileiro, no entanto, é positiva, uma vez que é o único setor do Brasil que continua apontando crescimento. Mas o foco no crédito é essencial - sobretudo a procura de melhores maneiras para obtê-lo.
“Os agricultores se endividaram. No momento em que precisam renegociar taxas de juros, encontram dificuldades grandes”, aponta Marino. O economista lembra que, neste momento, produtores que possuem perfil de “bons pagadores” são priorizados, mas que há um caminho para driblar este gargalo.
Marino defende que os produtores procurem obter maior conhecimento em soluções financeiras, o que seria essencial para se manterem competitivos. Um dos métodos indicados por ele é a Operação Barter (troca, em Inglês), que é o pagamento pelo insumo por meio da entrega do grão no pós-colheita. Ou seja: o produtor deve procurar disponibilizar a safra futura para captar recursos, o que reduz o risco de não-recebimento para o agente financiador.
Além disso, ele ainda defende que o produtor tenha conversas com agentes financeiros para discutir de igual para igual e encontrar modalidades que se encaixem à sua necessidade. “Conhecimento financeiro é crucial para o desenvolvimento na atividade”, diz.
Redução de despesas
O economista lembra também que aqueles produtores que desejam reduzir seus custos devem fazê-lo com cautela, de forma a não prejudicar a eficiência e os níveis de produção.
“É importante ter um mecanismo de gerenciamento muito forte para identificar, talhão por talhão, qual é a fonte de desperdício para garantir a redução e manter a produtividade”, aconselha Marino.
Ele lembra também que, em termos de tratamento fitossanitário, o produtor já possui um alto nível de expertise. O emprego da nutrição especializada somada à agricultura de precisão vem reduzindo a utilização de fertilizantes por área. No entanto, uma redução racional em pedaços do talhão é fundamental para não oferecer impactos para a produtividade.
Outro ponto de melhoria apontado por Marino seria a mão de obra. “Há uma dificuldade de mão de obra qualificada. Muitas vezes, maquinas não são operadas como deveriam e, assim, não exploram todo o potencial que a máquina poderia ter na atividade”.
O que o agronegócio deve fazer?
Para o economista, o fortalecimento do agronegócio enquanto associação, obtendo representatividade política, é importante para defender uma fatia na economia que é a única em crescimento no país. Ele diz que “é fundamental e saudável a capacidade de lobby político em busca dos interesses do setor”.
Ele vê um bom cenário para a próxima safra, uma vez que as cotações se encontram satisfatórias, mesmo com a queda do dólar. “Creio que a safra 16/17 deixa renda para o produtor, apesar de estar mais apertado”, atesta.
2 comentários
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Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC
Como é que se faz lobby politico com lideranças avestruzes? Lideranças que negam os problemas, que proclamam soluções paliativas como definitivas? Boa parte do agronegócio está sustentada em subsidios e dinheiro estatal, em programas governamentais, e está quebrando. É muito fácil apresentar números em reais, depois de uma desvalorização brutal, e dizer que o PIB do agro cresceu, isso é a coisa mais lógica do mundo, pois é essencialmente exportador e portanto dolarizado. Não passa portanto de uma picaretagem matemática, pois apesar do dólar estar novamente em processo de desvalorização o valor da produção agropecuária em dólares caiu em relação ao ano passado em quase todas as comparações. Quase ninguém quer saber da verdade e da realidade na agropecuária brasileira, principalmente dos nossos politicos que vivem de conversa fiada e mentiras ditas em tom solene e sério. Não há um único politico conhecido que defenda verdadeiramente a redução dos custos de produção agropecuários, batem no cravo e depois na ferradura, dizem que querem aumento de renda dos produtores ao mesmo tempo que defendem o gigantismo do Estado, a interferencia do governo nas atividades, o uso de recursos públicos em seus próprios projetos e principalmente os privilégios do funcionalismo público, que diga-se, são os seus próprios privilégios. Fazer lobby com representantes assim como? Ou há a defesa intransigente da diminuição do Estado e de seu poder sobre os individuos, ou alguém sempre terá que trabalhar muito e ganhar pouco para pagar os privilégios de outros. De que lado vocês pensam que as "lideranças" do agro estão?
wellington almeida rodrigues Sucupira - TO
Que situação em João..., nos chegamos nesse pais, como esses políticos sem noção levam todo nosso dinheiro embora para seus bolsos e deixam os produtores na mão, o único setor que vem dando resultado fica também de fora, estou sentindo esse reflexo para aquisição de custeio aqui em Gurupi, estamos esperando mais verbas que nunca vem, por causa da falta de crédito, aí faço a seguinte pergunta, onde que os analistas do Brasil achou um aumento e soja no Brasil? Fala- se em 1,5% de aumento de soja e 7% de milho de verão, como assim querem arrebentar com os preços do mercado, justamente na nossa aquisição de insumos, nas nossas trocas, fixação de preços para a próxima safra..., hoje aqui em Tocantins soja está cotada para abril/2017 à 62 $ por saca para descontar, no disponível, que preço é esse, abaixo de 70 $ livre nem pensar, estamos mortos no próximo ano, sem renda, para que servem esses analistas..., só para mercado baixista, não se fala de alta, como vai aumentar se não tem nem crédito no setor, pelo AMOR DE DEUS, se não ajuda, não atrapalha, fica caladinho, todo mundo sabe o mercado é muito sensível, estou vendo relatos a todos os dias, tenho amigos por todo o Brasil, sementes bom jesus no mato grosso pede RJ, com 2,6 bilhões de dívidas, o grupo SLC na Bahia vai reduzir a área de soja em 20 mil há, a Bahia vai diminuir 72 mil há de áreas irrigadas, por falta de água, a assim se vai por Brasil à fora..., aí vem analistas com conversa mole, suposições, eu acho, talvez, à para rapaz, vira homem, fala sério, o momento e delicado para o setor, incertezas não traz dinheiro para o bolso, precisarmos acertar essa safra, caso contrário, quebradeira geral...,
Respeita a opnião alheia Wellington! O cara deu o ponto de vista dele, se você achou desnecessário então fique queto, além de criticar tanto, você tem alguma solução para o problema de crédito! VIRA HOMEM VOCÊ RAPAZ!
Respeita as pessoas que falam a verdade seu Guilherme, nunca te vi, nem te conheço, você de ser algum desses radicais do PT que vive zombando das pessoas e dos produtores rurais desse país, pendurando dessas tetas do governo federal, sinto se você não tem serviço aqui tem sobrando, se você sabe qual a solução de sua opinião não fique criticando quem trabalha e da renda para esse país, respeito a opinião de todo mundo, só não aceito essas mentiras descabidas que alguns analistas falam o dia todo nesses canais de comunicação, vindo de você isso é um elogio, mostra que estou no caminho certo, contra pessoas igual a você, que fica escondido em nome fantasia...!
Não sou Petista, nem esquerdista mimimi..seu Wellington, presta ATENÇÃO! no seu comentário lá em cima, vc só vomitou críticas e NÃO APRESENTOU nada, faça-me o favor, vem aqui atacar e criticar pessoalmente, dispenso qualquer conhecimento da sua pessoa, pos não agrega a nada.Sou produtor também, e quando preciso dar opnião aqui em Unaí, reuno com outros produtores, associação aqui e debatemos, aprenda isso!! CORAGEM HOMEM!!
Vc acha para que temos a Aprosoja TO, meu caro Guilherme, que também sou associado, vc trabalha para que , para perder dinheiro, vc trabalha para ter lucros não prejuízo, então vamos fazer o seguinte pense o quiser, estou falando de analistas picaretas, não de produtores rurais, e os picaretas mentem e pronto, não estou me referindo ao senhor Matheus marino, com seu completo argumento, vc está equivocado demais, acho que não está muito bem , sinto muito se vc for analista de mercado, não tem nada a ver, nunca te vi falando nada sobre aumento de área ou outra coisa parecida, não estou me referindo a você, se te prejudicou , não tem problema, não te feriu, mas o homem e obrigado a falar a verdade, não ficar enchendo linguiça, se está tudo certo para você tudo bem, siga em frente, mas o meu comentário e este dentro de informações concretas , não de meras mentiras descabidas...!