Suspensão de produtos contra a ferrugem no PR. Ouça e opine!

Publicado em 13/05/2016 10:14
Confira a entrevista de João Batista Olivi com Wanderlei Dias Guerra na Rádio Notícias Agrícolas

A Adapar (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná) suspendeu 67 marcas comerciais de defensivos agrícolas por apresentarem eficiência abaixo da média no controle da ferrugem da soja. Além desses produtos – que não poderão ser utilizados –, outras 24 marcas foram consideradas “aptas para recomendação”, sendo reavaliadas na safra 2016/17.

De acordo com a Adapar, essa medida foi adotada para proteger a cultura da soja do ataque da ferrugem asiática (fungo Phakopsora pachyrhizi) e preservar os ingredientes ativos que ainda a controlam. A Agência afirma que seguirá fiscalizando o vazio sanitário e a calendarização da semeadura.

O coordenador de defesa vegetal do Ministério Agricultura de Mato Grosso, Wanderlei Dias Guerra, afirmou que existem inúmeros produtos comerciais registrados atualmente que apresentam eficiência abaixo de 20% na ferrugem asiática.

"Defendemos que eles sejam tenha o registro para a doença retirado, mas não conseguimos isso a nível de Ministério da Agricultura e, é importante que o Paraná tenha saído à frente", pondera Guerra.

Segundo as normas do órgão oficial (Portaria Adapar nº 91, 2105/2015), um defensivo só poderá permanecer cadastrado como recomendável no Paraná se obtiver eficiência de 80% no controle da praga ou doença alvo. O mínimo aceitável é que tenha eficiência superior à média dos agroquímicos já cadastrados.

No entanto, o coordenador aponta que o Estado "poderia ter esperado os resultados que sairão nos próximos dias da pesquisa da Embrapa, pois alguns desses produtos ainda poderiam permanecer. Dessa forma, acreditamos que o Paraná poderá voltar a trás em relação alguns defensivos, principalmente considerando a utilização com os protetores", declara.

A grande polêmica em torno da proibição é o baixo volume de produtos que ainda apresentam eficiência dentro da média. Segundo ele, o Estado teria hoje apenas 5 produtos para o controle da doença e, "embora a medida seja adequada não temos outros defensivos para substituir", explica Guerra.

O controle químico da ferrugem teve início com a epidemia a partir da safra agrícola de 2002/03, período em que vários fungicidas foram utilizados, uns de curta e outros de longa duração, permanecendo em uso até hoje.

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Por:
João Batista Olivi e Larissa Albuquerque
Fonte:
Notícias Agrícolas

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3 comentários

  • Dalzir Vitoria Uberlândia - MG

    Caro Rodrigo...nesta matéria acima junta um em alguns momentos um afoito..e o outro com poder na barriga mais para falastrão e vira a materia acima..sobre custos ...ponto de equilibrio entre valor e eficiencia pouco sabem avaliar...e quem paga o pato o PRODUTOR...e tem um que se borra de medo em peitar o seu órgão federal para não perder a boquinha mas no rabo do produtor rural o homi é fera..

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    • sergio ricardo dos santos Cubatão - SP

      boa tarde! temos varredura contendo NPK, apenas R$350,00 por tonelada contato com sergio 13.988417474 retirada do produto na cidade de Santos teor 06 10 10

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  • Rodrigo Tonet Campo Mourão - PR

    Suspensão de produtos contra a ferrugem no PR... É uma bobagem, essa ADAPAR parece ter como objetivo encher o saco do produtor rural. é um absurdo isso, um órgão estadual interferir tanto assim na vida e nos negócios dos produtores rurais. A venda de produtos é uma relação entre fornecedor e produtor, e a eficiência deve ser avaliada pelos dois. O governo se justifica dizendo "proteger o produtor", mas geralmente acabam criando entraves e prejudicando ainda mais o produtor pois acabam diminuindo a oferta e as opções de produtos tornando os produtos ainda mais caros e concentrando a produção dos insumos em poucas empresas. A Adapar não leva em conta a eficiência do produto e sua relação com custo. E se um produto tem uma eficiência em relação a outro menor em 50% mas o seu custo é proporcionalmente menor? Em tese eu poderia utilizar duas doses deste produto num determinado intervalo de tempo (duas aplicações) com um custo equivalente, cabendo à mim decidir entre um ou outro produto.

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    • Rodrigo Antonio Noro Ipiranga do norte - MT

      querem vender produtos mais caros mais uma usurpação

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    • Yuri Raffler Sao Alberto Paraguay - PR

      Se fazer duas aplicações fosse a solução, buva e capim amargoso não seria problema, aplicar duas vezes glifosato e pronto (Questão de resistência não e dobrando ou triplicando a dose de um ativo que ). Nao quero causar polêmica mas concordo plenamente em banir esses produtos com baixa eficiência. Devemos hj utilizar produtos com eficiencia acima de 80% que sao as carboxamidas associada com estrobirulina e tambem o protioconazol com estrobirulina e se possivel junto o mancozeb. Mais uma vez o Paraguay saindo na frente, proxima safra ja teremos o protioconazol generico associado com estrobirulina.

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    • Yuri Raffler Sao Alberto Paraguay - PR

      Correção dos parênteses: não é dobrando ou triplicando a dose que vamos ter eficiencia acima de 80%

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    • Rodrigo Tonet Campo Mourão - PR

      Seguindo sua lógica o glifosato deveria ser banido também, pois não tem eficiência de 80% no controle da Buva, aliás no caso da buva o que temos é resistência ao glifosato e não uma baixa eficiência. A Eficiência do glifosato é 0% . O que é bastante diferente de um fungicida que tem a eficiência de 50% ou 40% de eficiência. Fora isso existem outras doenças que tais fungicidas podem ser eficientes. Eu uso fungicidas top, mas cabe a mim qual fungicida utilizar, assim como eu defino minha estratégia para combater a buva. E se vc quiser mais 7 dias de proteção para suas plantas para fechar o ciclo em segurança, você vai utilizar um fungicida de 150 reais por alqueire ou não vai fazer nenhuma aplicação? O fato é que eu acredito que cabe ao produtor rural, seu agrônomo de confiança, seu fornecedor de confiança definir quais produtos utilizar.

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    • carlo meloni sao paulo - SP

      Rodrigo, deveria ser proibido suspender produtos, alias cabe ao fabricante do produto suspenso entrar na justiça reivindicando perdas e danos.---Parece que estamos na terra de ninguem onde um funcionario publico recebe uma grana por baixo do tapete e ai ele proibe o que bem entende--Cadeia para esse pessoal--

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    • sergio ricardo dos santos Cubatão - SP

      boa tarde! temos varredura contendo NPK, apenas R$350,00 por tonelada contato com sergio 13.988417474 retirada do produto na cidade de Santos teor 06 10 10

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  • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

    João Batista, há um aspecto do politicamente correto que quero esclarecer aqui. Uso para isso o deputado Heinze e o senador Blairo. Um impedido de falar pela patrulha do politicamente correto, duramente censurado pelos esquerdistas, outro usa o cargo para conseguir "favores", o que é proibido por lei, um reles funcionário público não pode receber presentes de partes interessadas nos assuntos públicos, mas aí é do jogo!!! O sujeito pensa assim, essa agenda ambientalista está ferrando com todos os produtores rurais, tenho que fazer uma escolha, defendo a igualdade perante a lei e o fim dessas medidas draconianas, ou... Vou ajoelhar para o Lula conseguir isso para mim? Pois é, escolhe ajoelhar pensando nos beneficios que terá com isso, o monopólio nos negócios, pois terá a certeza de que outro concorrente não poderá conseguir aquilo que ilegalmente conseguiu, se as coisas não andam, não andam para todos. Do jogo é ter liberdade de expressão, mesmo que a expressão seja errada, usar o poder economico e politico para burlar as leis impostas a outros é só safadeza e vagabundice mesmo. Explicando melhor, se a lei impede todos de realizar determinados projetos, uso a influência politica para não estar sujeito à essas leis, eliminando dessa forma a competição, com uso muitas vezes ilegal ou ilegitimo do Estado contra todos menos contra mim mesmo, um dos principais principios da liberdade economica e livre mercado.

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