Safra de soja do RS tem menor potencial produtivo com ataque da ferrugem

Publicado em 07/03/2016 10:40
Condições climáticas favorecem o aparecimento e o ataque agressivo da doença e lavouras estão sendo dizimadas em algumas regiões. Grãos estão menores e produtividade está bastante comprometida. Situação, com a necessidade do uso de mais fungicidas, aumenta os custos de produção, que já chegam a alcançar até 50 sacas por hectare em algumas propriedades.

A safra 2015/16 trouxe condições favoráveis para o desenvolvimento da ferrugem asiática da soja no Rio Grande do Sul. Com dificuldade em realizar aplicações, devido ao excesso de chuvas, muitas lavouras estão registrando alto índice da doença.

De acordo com o jornalista João Batista Olivi, a combinação de umidade no inicio do ciclo e estiagem no período de enchimento de grão, beneficiou a propagação dos fungos.

"Hoje o Rio Grande do Sul como um todo está com problema de ferrugem. Temos lavouras que estão caindo à folhas porque o produtor não conseguiu fazer o tratamento adequado, por diversos problemas", explica o presidente do sindicato rural de Passo Fundo, Jair Dutra Rodrigues.

Diante desse contexto, Rodrigues afirma que haverá redução na produtividade do Estado, além das perdas que já vem sendo registradas pelo excesso de precipitações. Segundo ele, o rendimento deve cair de 10% a 15% na média, contra a expectativa inicial de produção total de 6 milhões de toneladas.

De acordo com relatório da Emater/RS, até o ultimo dia 03 de fevereiro, cerca de 3% da área foi colhida, contra 1% observado no igual período do ano passado. "Nós temos algumas lavouras já colhidas, onde o grão está menor do que o ano passado, pelo motivo da estiagem em janeiro e a severa ferrugem", explica Rodrigues.

Outra preocupação é quanto à eficácia dos produtos de controle. O controle químico da ferrugem teve início com a epidemia a partir da safra agrícola de 2002/03, período em que vários fungicidas foram utilizados, uns de curta e outros de longa duração, permanecendo em uso até hoje. Com o passar dos anos tal situação de aplicação constante dos mesmos princípios ativos, vem resultando em falha no controle.

Segundo o presidente, em algumas áreas os produtores estão na quinta aplicação de fungicida para tentar evitar a proliferação do fungo, e os custos já passam de 48 sacas por hectare, com expectativa de colheita de 60 sc/ha.

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Tags:
Por:
João Batista Olivi e Larissa Albuquerque
Fonte:
Notícias Agrícolas

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2 comentários

  • Carlos William Nascimento Campo Mourão - PR

    Tem coisa errada aí. Período de estiagem não favorece o fungo. Pelo contrário. Também não podemos culpar os fungicidas sem saber as condições que foram aplicados. Nenhum fungicida registrado até hoje foi eficiente para controlar uma epidemia de ferrugem. Uma vez que exista grande quantidade de folhas infectadas, fica quase impossível controlar a doença, e não é culpa dos fungicidas. Doença se controla preventivamente, com monitoramento constante. Aqui no Paraná também tivemos condições semelhantes de clima, e os fungicidas cumpriram seu papel. Não podemos generalizar usando-se um caso como exemplo. Quanto à diminuição da eficácia de fungicidas, ainda carece de estudos científicos mais aprofundados. Podem estar confundindo mal uso com perda de eficiência...

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    • Roberto Cadore Cruz Alta - RS

      Acredito que a grande maioria dos produtores no RS fizeram o controle preventivo e monitoramento frequentemente suas lavouras, mas o RS tem um clima específico que no meu entendimento, dificulta o controle da ferrugem mais do que em outros estados, há aqui uma amplitude térmica que favorece o desenvolvimento da ferrugem dando a ela condições para evoluir rapidamente.

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    • Dalzir Vitoria Uberlândia - MG

      Caro Cadore...tenho amigos com este sobrenome em Serafina..eram transportadores de frigorificado...mas voltando ao assunto da amplitude..todos os fungos gostam de calor..umidade e insolação...o caso da grande variação entre a máxima e mínima talvez até prejudique devido ao período de meia noite até a 9 da manhã apresentar temperaturas contrarias ao seu desenvolvimento...

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    • Rubenson Antônio Assinck Santa Bárbara do Sul - RS

      Acredito que a ferrugem esta avançando aqui, pelo fato da temperatura ser boa para o desenvolvimento do fungo, e temos mais de 6 horas de molhamento com a serração que se forma durante a noite.

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    • Carlos William Nascimento Campo Mourão - PR

      Caro Roberto Cadore, concordo com seu comentário. As condições específicas do estado favorecem a doença, assim como as condições do cerrado e do oeste da Bahia, em anos normais. Não é a perda de eficiência dos fungicidas como querem nos fazer acreditar. Concordo também com o Paulo, de Campina da Lagoa. Poderiam ouvir o outro lado, que tem bons resultados com a safrinha de soja. Parece que agricultor é burro, pois noticiam que a safrinha é uma tragédia mas mesmo assim muitos plantam. Se muitos plantam é porque dá lucro. Não venham proibir meu direito de plantar lavouras lícitas na minha propriedade. Se esta lógica fosse usada na indústria, fechariam a Souza Cruz, a Coca Cola, a Elma Chips, e assim por diante. Eles produzem algo que pode prejudicar a saúde. Não é justo dizer que não funciona sem ouvir aqueles que fazem funcionar.

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    • João Biermann Tapera - RS

      Só usei fungicidas tidos como ultrapassados na lavoura esse ano, e o nível de controle está satisfatório. Quando colher posto meus resultados e os produtos que usei.

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    • Dalzir Vitoria Uberlândia - MG

      Caro João..dia destes trouxe de SC umas mudas de uva niágara branca e rosada..desenvolveram bem e quando começa a brotação final da seca vem que é uma uva..começa as chuvas da requeima que acaba com tudo...nos primeiros anos usei dithane..(usado desde a época doa ari pistola) e deu certo...acabou o produto fui a loja e pesquizei outro produto mais moderno..quebrei a cara..voltei a loja e não tinha dithane e comprei então manzate..que voltou a funcionar...

      Portanto os dois fungicidas que estão no mercado a mais de 40 anos deram resultado...isto quer dizer que a tal resistencia nem sempre na prática acontece...por isto que as coisas tem que ser cientificamente comprovadas e não simplemente engolidas como verdades...

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    • carlo meloni sao paulo - SP

      PARA MIM OS LABORATORIOS GANANCIOSOS BOTAM MENOS COMPONENTE ATIVO POIS TODO MUNDO SABE QUE NO BRASIL NINGUEM FISCALIZA NADA.

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  • Dalzir Vitoria Uberlândia - MG

    Bem ai vai algumas perguntas aos TADASHI...AO GERRA do MT e a monte de meio pesquizadores que dizem que se não plantar não dá doença..isto qualquer NÓ CEGO sabe...o RIO GRANDE faz duas safras de soja no mesmo periodo!!!!! NAO>>>NAO>>NAO>>>>onde estão seus argumentos de que a segunda safra é a grande responsavel pela ferrugeml!!!!!que a eliminação de rebrotas..soja guaxa...é responsavel pelo aumento da FERRUGEM!!!!!!!!! ora no Rio Grande a GEADA MATA TUDO...

    Então senhores CHUTADORES...escrevam abaixo..argumentem...mas sem baboseiras e conversa fiado de cientista de neófito...ou enrolão...falem..provem ..mostrem...

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    • Marcelo Luiz Campina da Lagoa - PR

      Como já conseguiram a proibição da soja safrinha, ninguém vai falar nada. O contrato já acabou.

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    • Paulo Gilberto Lunardelli CAMPINA DA LAGOA - PR

      Mais uma vez ficou provado e comprovado, que a safrinha de soja do Paraná (aliás já considerada por nós como segunda safra), bem conduzida, não é a responsável pela ferrugem asiática, lá no RGS não plantam safrinha e o índice de contaminação pela ferrugem é bem superior ao Paraná em mais de dez vezes, conforme divulgação oficial do inicio de novembro de 2015 (66 casos no Brasil, no RGS com 30% da área plantada 29 casos, no Paraná com 95% da área plantada apenas 17 casos, sem considerar que a área de soja do Paraná supera o RGS em quase 100%).

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    • carlo meloni sao paulo - SP

      PESSOAL----ESTOU DESCONFIADO QUE O FUNGO DA FERRUGEM SE PRESERVA NOS CAPOES DE MATO E DEPOIS O VENTO CONTAMINA OS

      ARREDORES-----SERA' QUE ESTOU ERRADO?

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    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      Sr. Carlo, o assunto é meio complexo, mas os esporos dos fungos podem ficar viáveis por um bom período no ambiente se as condições climáticas forem favoráveis, ou seja, não necessita de capão de mato. A própria área de plantio pode viabilizar esporos para a próxima temporada. Aí já entra o potencial de inócuo, a condição climática do desenvolvimento da próxima cultura, enfim, são as variáveis que o homem do campo batalha todos os dias para superá-las. Existem vários trabalhos editados com referência ao assunto.

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    • carlo meloni sao paulo - SP

      Paulo -----obrigado

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    • carlo meloni sao paulo - SP

      sr Paulo a minha duvida era com relaçao a redaçao do sr Dalzir onde a temperarutura do RGS esteriliza os esporos -----Eu quis dizer que o mato atenua

      as baixas temperaturas e talvez por isso seja um ponto de preservaçao.--

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    • Carlos William Nascimento Campo Mourão - PR

      Ferrugem da soja é uma doença que somente vive em plantas vivas. Sua sobrevivência fora do hospedeiro, pelo que li, é de no máximo 45 dias. Por isso o vazio de 90 dias, para ter uma grande margem de segurança. A doença sobrevive de uma safra para outra em plantas nativas e hospedeiros alternativos. O vazio sanitário ajuda, mas não elimina totalmente os esporos. Por aqui, os fungicidas funcionaram muito bem na safra de verão.

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    • Dalzir Vitoria Uberlândia - MG

      FALA doutor Tadashi...ispicialista em ferruegem...por acaso enferrujou!!!!!!!Doutor Guerra...preservando seu salário!!!!!ou pondo no rabo dos produtores rurais...!!!!!ou matando soja guacha!!!!como fica as SUAS CONCIENCIAS....tirando renda dos produtores em troca de que!!!!!! de sojaduto!!!!!! ou por paixão !!!!!!ou por burrice técnica..expliquem...falem..ou agora fogem....sejam PROFISSIONAIS ou vão continuar sendo AMADORES...

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    • Dalzir Vitoria Uberlândia - MG

      e as MARIONETES da APROSOJA do MT..BRASIL...se manifestem....falem..ou estão com medo de perder a boquinha...

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    • Dalzir Vitoria Uberlândia - MG

      Estes técnicos de meia PATACA..meia TIGELA..que se escondem atras do poder deviam saber que as descisões se tomam avaliando o GRAU DE RISCO..... CUSTO...e a RENTABILIDADE...mas os incompetentes de plantão só enxergam a FERRUGEM...pois são despreparados para isto...falta-lhes competencia gerencial e tem demais choradeira técnica sem comprovação científica..

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    • Dalzir Vitoria Uberlândia - MG

      Caro Carlos Wiliam...uso de fungicidas e sua aplicação exige mais qualificação..mais preparo...como conheço produtor rural voce está certo em suas colocações quando fala em má qualidade de aplicação...aplicação de fungicida é diferente de italiano jogar polenta pro cachorro...

      Me intriga var os dito ISPICIALISTA..falar em MOLECULAS..e eles fazem até beicinho e pose ao falar que as moléculas estão resistentes...pura pose..deviam usar simplicidade e ter qualidade e competencia a resolver coisa que não tem..

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