Novidades em trigo trazem mais rentabilidade no inverno
Seguindo a tendência vista no país, a safra gaúcha de trigo em 2022 registrou números históricos. De acordo com dados da Emater/RS, o estado colheu 5,1 milhões de toneladas do cereal, valor nunca antes atingido. A área semeada, de 1,45 milhão de hectares, foi a maior dos últimos 42 anos. Números assim reafirmam a confiança que a cultura do trigo vem passando aos agricultores, ainda mais em um contexto de desafios climáticos na safra de verão. Para o gerente regional sul da Biotrigo, Tiago De Pauli, o contexto do verão, unido a fatores mercadológicos, traz um maior otimismo ao produtor em relação à cultura do trigo na próxima safra. “A tendência do produtor é buscar uma recuperação financeira agora no inverno. E com a rentabilidade que o trigo ofereceu na última safra, a área deve crescer novamente em 2023”, cita.
E em busca de agregar maior rentabilidade durante o inverno, o produtor rural presente na 23ª edição da Expodireto poderá conferir novas tecnologias em trigo durante a feira. É o caso de TBIO Motriz, cultivar que possui o propósito de oferecer um excelente potencial produtivo ao mesmo tempo que entrega uma alta segurança no campo, devido ao seu equilibrado pacote fitossanitário e elevada estabilidade de produção. “Pelo seu ciclo médio/tardio, Motriz oferece a possibilidade da abertura e escalonamento da semeadura, o que traz uma segurança maior”, relata Verônica Bertagnolli, engenheira agrônoma e produtora de sementes em Coxilha (RS). Conforme ela, Motriz se mostrou ser altamente responsivo às adubações, com retorno direto no rendimento da lavoura, fator importante para a rentabilidade do agricultor em um ano que deve contar com redução no custo de produção. Em 180 hectares da cultivar, sua fazenda obteve uma média de 108,5 sacas por hectare, com picos de produção superiores a 120 sc/ha em algumas áreas. A variedade passará pelo processo de multiplicação neste ano.
“TBIO Motriz é uma ferramenta muito poderosa que é lançada sobretudo para aquele agricultor que já conta com um bom nível tecnológico e áreas de alta fertilidade. Assim, a cultivar se torna uma nova opção para alcançar patamares de rendimento ainda maiores com uma segurança nunca antes vista em trigos de tão alto potencial” resume De Pauli. Segundo ele, Motriz também se destaca na região com a maior área de trigo do estado, a das Missões. “Em um contexto de cultivo do trigo sobre trigo, o produtor ganha um aliado na cultivar, pelo bom nível de tolerância às manchas foliares, como a mancha amarela. Para os estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, de forma geral, os avanços no nível de resistência à giberela trazem mais segurança em anos mais úmidos”, comenta.
Novidade no segmento de trigos branqueadores
A rentabilidade do trigo passa pela taxa de sucesso do agricultor na cultura. Isso é obtido por uma soma de fatores, com os principais deles sendo a união entre uma boa genética e um bom manejo, tanto de fertilidade, quanto de doenças. Porém, um aspecto adicional que pode contribuir para uma maior lucratividade do produtor é o aproveitamento das oportunidades que o mercado oferece, como as demandas dos compradores daquele grão. Um dos principais exemplos dessas oportunidades está dentro do segmento de trigos branqueadores, que podem contar com uma remuneração destacada a depender da safra.
Aos agricultores que têm interesse nesse mercado, a Expodireto 2023 servirá de vitrine técnica para outra nova tecnologia em trigo, o TBIO Capaz, de ciclo superprecoce. A cultivar, que possui característica de farinha branqueadora, oferece um pacote agronômico equivalente a materiais elite presentes no mercado, como o TBIO Audaz. “Quando falamos sobre potencial produtivo, reação à germinação em pré-colheita e nível de resistência a importantes doenças como a giberela, ferrugem e manchas foliares, TBIO Capaz se mostra equivalente aos melhores trigos do portfólio da Biotrigo, mas com o adicional de uma oportunidade de captar mais valor na comercialização do grão”, afirma De Pauli.
Para o agricultor de Não-Me-Toque (RS), Lorenzo Roos, a primeira experiência com TBIO Capaz foi positiva. A cultivar se destacou em sua fazenda e obteve o maior rendimento entre os trigos semeados. “A sanidade do material foi muito boa e gostei bastante do ciclo. Para mim foi uma ótima opção, que veio para ficar e se consolidar entre os mais semeados”, destaca. Lorenzo, que sempre separa ⅓ de sua área para o cultivo do trigo, pretende semear TBIO Capaz novamente. “Foi um material que me surpreendeu positivamente”, conta. A cultivar será multiplicada em 2023.
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