Trigo tem perdas pontuais por temperatura negativas, diz Climatempo
Após a passagem de uma frente fria pelo centro-sul do país, o tempo ficou instável e chuvoso em grande parte da região. Uma massa de ar polar avançou e ocasionou o declínio acentuado das temperaturas, em que foram registradas geadas amplas e de forte intensidade em todo o estado do Rio Grande do Sul e partes de Santa Catarina. Este sistema irá manter o tempo aberto e sem previsão de chuva, pelo menos até a próxima quinta-feira (30), quando uma nova massa de ar polar irá avançar pelo Sul e provocar novas áreas de instabilidade.
A chuva que ocorreram no Sul, Sudeste e Centro-Oeste, mantêm o solo com níveis bem satisfatórios de umidade, o que irá favorecer o desenvolvimento das lavouras de inverno, como o trigo, além das lavouras de cana-de-açúcar, café e milho primeira safra, que está sendo semeado no Rio Grande do Sul. Por outro lado, a chuva interrompeu os trabalhos de colheita da cana-de-açúcar, café e milho safrinha e prejudicou lavouras de algodão do Mato Grosso. Já é a 3ª chuva que o algodão recebe em agosto.
Além da chuva, o final de semana foi marcado por geadas amplas em todo o Rio Grande do Sul e partes de Santa Catarina. Como 12% das lavouras de trigo no Rio Grande do Sul encontram-se na fase de florescimento e as temperaturas em muitas localidades ficaram negativas, houveram perdas pontuais. Apesar da massa de ar polar ainda estar atuando sobre o centro-sul, as temperaturas já não estão tão baixas como na última madrugada. Ao longo desta semana, as temperaturas voltam a se elevar e não há mais riscos de ocorrências de geadas amplas e severas nos próximos dias.
Com o retorno do tempo firme e sem previsão de chuva para as próximas semanas em toda a região central e norte do país, a perspectiva é de que o andamento da colheita do milho, café, da cana e do algodão, prossiga sem grandes transtornos durante este período. Só há previsão do retorno da chuva no final de setembro. Durante este período as instabilidades devem ficar concentradas no Sul do País, sendo que os maiores volumes devem ser registrados sobre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Com isso o andamento do plantio do arroz, será atrapalhado, assim como ocorreu em setembro do ano passado.
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