Trigo volta a ser o complexo exportador de maior crescimento na Argentina
O Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec) da Argentina publicou, nas últimas horas, o Boletim de Complexos Exportadores 2017, que confirma o reposicionamento do trigo argentino após a eliminação dos direitos de exportação, as chamadas retenciones e dos Registros de Operações de Exportações (ROE), que travavam o comércio exterior desse cereal.
No ano passado, o complexo trigueiro, formado pelas exportações de grãos e farinhas, alcançou os US$2,701 bilhões, o que significa um crescimento de 23,8% em relação a 2016 e de 183,1% em comparação com 2014, quando foram apenas US$954 milhões.
Contabilizando estes últimos exercícios, não há nenhuma outra cadeia de nenhum outro setor, incluindo os da indústria "pesada", que tenha se aproximado da expansão do trigo.
No ranking, o cereal é seguido pelo girassol, que teve um aumento de 40,8% e pelo amendoim, que exportou US$902 milhões no ano passado, 2,8% a menos do que em 2016 mas 36% acima de 2014.
Outro produto beneficiado foi a carne bovina: as exportações se expandiram 26,9% em um ano e 20,4% desde 2014, até totalizar US$1,543 bilhões.
Também se destaca o aumento de 26,1% das exportações do complexo hortícola, que inclui as verduras e os legumes, que passou de US$789 milhões para US$995 milhões em quatro anos.
Por outro lado, um dado relevante é a queda das exportações dos complexos oleaginosos vinculados à soja, em função dos preços internacionais mais baixos e de uma colheita que foi perdendo participação na produção agrícola total, devido à aposta pelos cereais.
Tradução: Izadora Pimenta
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