Bunge pode se tornar a 3ª maior do Brasil em açúcar e álcool
Publicado em 24/11/2009 08:21
A multinacional Bunge, um dos maiores grupos de agronegócio do mundo, está perto de se tornar a terceira maior produtora brasileira de açúcar e álcool. Segundo fontes, a empresa teria assinado um acordo para a aquisição das participações do Grupo Moema em seis usinas, por um valor estimado entre US$ 100 a US$ 105 por tonelada de cana-de-açúcar processada. Como o Grupo Moema possui uma capacidade de moagem de cerca de 13,5 milhões de toneladas, a estimativa é de que o negócio possa atingir US$ 1,35 bilhão. O valor estaria bem acima dos US$ 65 por tonelada pagos pela Cosan pela NovAmerica.
O controle do Grupo Moema é dividido de forma homogênea entre os empresários Maurilio Biagi, Eduardo Junqueira e os herdeiros de Armando Junqueira. Os principais motivos para a venda seria a divergência entre os sócios, além da dívida, estimada entre R$ 1 bilhão e R$ 1,5 bilhão pelas fontes do mercado. Tanto a Bunge como o Grupo Moema negaram que um acordo de compra já tenha sido fechado.
Com sede em Orindiúva, no interior de São Paulo, o Grupo Moema é formado por seis usinas, das quais a empresa detém o controle de apenas duas: a Usina Moema, onde possui 100% do capital, e a Usina Frutal, com 56% do controle (os demais 44% estão nas mãos de minoritários). Nas demais quatro usinas, a empresa não possui o controle. Na Usina Vertente, possui 50% das ações e os outros 50% pertencem à Humus Participações. Na Itapagipe, a Moema possui 43,75%, a Cargill outros 43,75% e o restante está nas mãos de minoritários. Na Usina Guariroba, a Moema possui 40%, a CFM possui 30% e a Humus Participações outros 30%. Já a Usina Ouro Oeste tem 50% do controle com a Moema, e os 50% restantes estão com o Grupo Arakaki.
A aquisição fará com que a Bunge tenha uma moagem de 16 milhões de toneladas de cana já a partir da próxima safra. Apenas com o Grupo Moema, a Bunge leva uma moagem de cana-de-açúcar estimada em 13,5 milhões de toneladas, uma produção de 16,5 milhões de sacas de açúcar e de 637 milhões de litros de etanol por safra. A multinacional já possui 80% da Usina Santa Juliana, no Triângulo Mineiro, que possui moagem estimada em 2,5 milhões de toneladas de cana. A Bunge também tem 2 projetos em construção: a usina Pedro Afonso, no Tocantins, sua segunda planta, que deve começar suas operações, em 2010, com moagem de 1,4 milhão de toneladas, e a Usina Monte Verde, em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, também com capacidade inicial de moagem de 1,4 milhão de toneladas, em 2012.
Se confirmada, a compra do Grupo Moema pela Bunge coloca a empresa no topo dos maiores produtores do Brasil. Fica atrás apenas Cosan (60 milhões de toneladas de moagem de cana) e LDC-SEV (40 milhões) e um pouco à frente de São Martinho e Guarani (com cerca de 13 milhões de toneladas cada). A cooperativa Coopersucar possui capacidade de moagem de 67 milhões de toneladas de cana, levando-se em conta todos os seus sócios.
A intenção da Bunge era comprar todas as usinas do Grupo Moema integralmente. Fontes do mercado informam que isto, contudo, ainda não aconteceu. "O negócio com o Grupo Moema foi fechado e agora o próximo passo será a negociação com os demais acionistas, porque a Bunge quer o controle de todas as seis usinas", disse fonte próxima à negociação. Na configuração atual, a Bunge terá apenas maioria da Usina Moema e na Frutal.
O controle do Grupo Moema é dividido de forma homogênea entre os empresários Maurilio Biagi, Eduardo Junqueira e os herdeiros de Armando Junqueira. Os principais motivos para a venda seria a divergência entre os sócios, além da dívida, estimada entre R$ 1 bilhão e R$ 1,5 bilhão pelas fontes do mercado. Tanto a Bunge como o Grupo Moema negaram que um acordo de compra já tenha sido fechado.
Com sede em Orindiúva, no interior de São Paulo, o Grupo Moema é formado por seis usinas, das quais a empresa detém o controle de apenas duas: a Usina Moema, onde possui 100% do capital, e a Usina Frutal, com 56% do controle (os demais 44% estão nas mãos de minoritários). Nas demais quatro usinas, a empresa não possui o controle. Na Usina Vertente, possui 50% das ações e os outros 50% pertencem à Humus Participações. Na Itapagipe, a Moema possui 43,75%, a Cargill outros 43,75% e o restante está nas mãos de minoritários. Na Usina Guariroba, a Moema possui 40%, a CFM possui 30% e a Humus Participações outros 30%. Já a Usina Ouro Oeste tem 50% do controle com a Moema, e os 50% restantes estão com o Grupo Arakaki.
A aquisição fará com que a Bunge tenha uma moagem de 16 milhões de toneladas de cana já a partir da próxima safra. Apenas com o Grupo Moema, a Bunge leva uma moagem de cana-de-açúcar estimada em 13,5 milhões de toneladas, uma produção de 16,5 milhões de sacas de açúcar e de 637 milhões de litros de etanol por safra. A multinacional já possui 80% da Usina Santa Juliana, no Triângulo Mineiro, que possui moagem estimada em 2,5 milhões de toneladas de cana. A Bunge também tem 2 projetos em construção: a usina Pedro Afonso, no Tocantins, sua segunda planta, que deve começar suas operações, em 2010, com moagem de 1,4 milhão de toneladas, e a Usina Monte Verde, em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, também com capacidade inicial de moagem de 1,4 milhão de toneladas, em 2012.
Se confirmada, a compra do Grupo Moema pela Bunge coloca a empresa no topo dos maiores produtores do Brasil. Fica atrás apenas Cosan (60 milhões de toneladas de moagem de cana) e LDC-SEV (40 milhões) e um pouco à frente de São Martinho e Guarani (com cerca de 13 milhões de toneladas cada). A cooperativa Coopersucar possui capacidade de moagem de 67 milhões de toneladas de cana, levando-se em conta todos os seus sócios.
A intenção da Bunge era comprar todas as usinas do Grupo Moema integralmente. Fontes do mercado informam que isto, contudo, ainda não aconteceu. "O negócio com o Grupo Moema foi fechado e agora o próximo passo será a negociação com os demais acionistas, porque a Bunge quer o controle de todas as seis usinas", disse fonte próxima à negociação. Na configuração atual, a Bunge terá apenas maioria da Usina Moema e na Frutal.
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Fonte:
O Estado de S. Paulo
2 comentários
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Telmo Heinen Formosa - GO
Já somos a Bananânia. Pude perceber isto hoje ao contemplar acontecimentos no Congresso Nacional. Somos indolentes e ineptos. Só soubemos chorar o leite derramado. Só resta ao Altíssimo manifestar uma catastrofe aqui, outra ali, na tentativa de dar lições no povo brasileiro. Em vão... Qual a capital? Bananânia, capital 'Ilha da Fantasia" e seja o que Deus quiser... Vamos reagir com eficiência! Só eficácia não basta.
Climaco Cézar de Souza Taguatinga - DF
"O AGRONEGÓCIO É NOSSO, OU NÃO". EM 1953, COM FRASE SEMELHANTE "O PETROLEO É NOSSO" mudamos o combustíveis no Brasil, da importação para auto-suficiência e grandes reservas e potenciais exportações do pre-sal.
O POVO SE UNIU, OS POLITICOS OUVIRAM E O GOVERNO BRIGOU E MUDOU MUITO. Em 1953, ano de criação da PETROBRAS, as "sete irmãs" mundiais (Standard, Esso, Shell, BP etc..), lançaram grande campanha para "provarem" que o Brasil não tinha petróleo relatorio do norte-americano Mister Link).AGORA, NO AGRONEGOCIO, ASSISTIMOS PASSIVOS ALGO SEMELHANTE E PIOR POR SER MAIS ESTRATEGICO. AS MULTIS E OS INVESTIDORES INTERNACIONAIS E SEUS FUNDOS JÁ DOMINAM de forma direta ou indireta: 1) fertilizantes; 2) agroquimicos; 3)sementes; 4)transportes externos; 5)processamentos graos; 6) fabricação alimentos; 7) Supermercados; 8) carne bovina; 9) etanol; 10) frutas; 11) turismo; 12)papel; 13) midia etc..AFINAL GRÃOS, ÁGUA, SOLOS, MÃO-DE-OBRA SÃO NOSSOS? QUANDO/COMO REAGIREMOS?OU VIRAREMOS REP. BANANAS?