Mercado do açúcar recua em NY e opera com volatilidade em Londres
Nesta manhã de quarta-feira (24), o mercado do açúcar está em queda em Nova Iorque, com a negociação para maio/24 cotada em 19,86 (-0,25%) centavos por libra peso e julho/24 em 19,61 cents/lb (-0,25%). Já na bolsa de Londres, a tonelada alterna entre leves alterações positivas e negativas e é negociada na faixa de 573 dólares para o agosto/24. As cotações mistas refletem o fim da safra 23/24 no Brasil, que alcançou moagem recorde acima de 700 milhões de toneladas. A Raízen, maior produtora global de açúcar e etanol de cana, informou nesta terça-feira que fechou o ciclo 23/24 com moagem recorde de 84,2 milhões de toneladas, alta de 15% na comparação com o temporada anterior.
Por outro lado, a safra 24/25 dá seus primeiros passos com uma incógnita sobre a produtividade das lavouras, já que a estiagem no Centro-Sul pode afetar os resultados da colheita na região. A Datagro, consultoria referência para o setor sucroenergético, prevê queda de 4,8% na produção de açúcar, o que resultaria em 40,5 milhões de toneladas para a nova safra. Já a produção de etanol de ser 9,3% menor, com 30,4 bilhões de litros. O mix deve continuar mais açucareiro pela sua competitividade internacional e pela possibilidade de alta demanda em países como a Índia.
MERCADO INTERNO
Os preços do açúcar cristal seguem em alta no mercado spot paulista, com o Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, retomando o patamar dos RS 150,00/sc que não era visto desde o final de dezembro/23, período de entressafra. Vale ressaltar que a moagem da cana-de-açúcar da temporada 2024/25 começou oficialmente há três semanas. Segundo pesquisadores do Cepea, o impulso aos preços domésticos continua vindo da restrição de oferta para as vendas na pronta entrega. As chuvas no estado de São Paulo têm paralisado pontualmente a produção nas unidades de processamento.
Levantamento do Cepea mostra que os preços do etanol hidratado negociado no spot do estado de São Paulo subiram pela quinta semana seguida. Entre 15 e 19 de abril, o Indicador CEPEAE/SALQ desse combustível fechou em R$ 2,4557/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), alta de 3,61% frente ao período anterior. Quanto ao anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ foi de R$ 2,7548/litro (líquido de PIS/Cofins), aumento de 4,12% em igual comparativo. Para os próximos dias, com a entrada do biocombustível da safra 2024/25, pesquisadores do Cepea apontam que as cotações podem se enfraquecer. Segundo agentes de mercado, além do produto novo, algumas usinas da região Centro-Sul, que tiveram dificuldades no andamento das atividades industriais por conta das ocorrências de chuvas, puderam retomar a moagem e voltar a ofertar no spot.
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