Açúcar tem quedas de mais de 1,5% em NY e Londres nesta 6ª e acumulado semanal também negativo
As cotações futuras do açúcar encerraram esta sexta-feira (20) com quedas de mais de 1,50% nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado acompanha o avanço da safra do Centro-Sul do Brasil e informações do posicionamento da Índia sobre sua oferta e estoques.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve desvalorização de 1,61%, a 26,85 cents/lb, com máxima em 27,25 cents/lb e mínima de 26,80 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato teve baixa de 1,53%, negociado a US$ 726,50 a tonelada.
Na semana, o principal vencimento do açúcar no terminal norte-americano acumulou baixa de 0,74%.
Os preços do açúcar estenderam no dia as perdas registradas na sessão anterior, inclusive dando suporte para o acumulado semanal negativo. Após diversas preocupações com a oferta, o mercado do adoçante passou a olhar com mais otimismo para a Índia.
O secretário de alimentação do país asiático disse que o país asiático, segundo maior exportador global do adoçante, provavelmente não enfrentará qualquer escassez de açúcar no mercado interno, o que abre a possibilidade de retomar as exportações de açúcar.
A Índia anunciou nesta semana que estenderá as restrições às exportações de açúcar do país para além de outubro.
O mercado também acompanha as informações relacionadas ao avanço da safra 2023/24 do Centro-Sul do Brasil. A União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) anunciou produção de açúcar na segunda metade de setembro totalizou 3,36 milhões de toneladas.
Essa quantidade, quando comparada àquela registrada na safra 2022/23, de 1,7 milhão de t, representa aumento de 98,02%, segundo dados da entidade. Além disso, uma pesquisa da S&P Global Commodity Insights estimava uma produção de 3,22 milhões de toneladas de açúcar, 70% a mais que há um ano.
No financeiro, por outro lado, o dia foi de valorização de cerca de 1% do petróleo, além de queda do dólar sobre o real.
MERCADO INTERNO
Os preços do açúcar no mercado físico voltaram a recuar nos últimos dias, após o indicador Cepea testar máximas históricas no início do mês.
"Após as valorizações da primeira semana do mês, os compradores não quiseram pagar os preços solicitados pelos vendedores e abandonaram o mercado. Além disso, a segunda semana de outubro foi 'mais curta' no Brasil por causa do feriado de quinta-feira, 12 (Dia de Nossa Senhora Aparecida), o que também influenciou a liquidez", ressalta o centro.
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No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, ficou a R$ 156,72 a saca de 50 kg com alta de 0,16%.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 154,05 a saca - estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 28,20 c/lb com queda de 0,70%.
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