Açúcar finaliza sessão desta 2ª próximo da estabilidade em NY, mas com queda em Londres

Publicado em 16/10/2023 15:35
Pressão associada ao petróleo no financeiro, além da repercussão de informações sobre o avanço da safra 2023/24 do Centro-Sul

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As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta segunda-feira próximas da estabilidade na Bolsa de Nova York, mas com queda em Londres. O mercado sente pressão do avanço da safra no Centro-Sul do Brasil e dos indicadores do financeiro.

O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve valorização de 0,07%, a 27,05 cents/lb, com máxima em 27,10 cents/lb e mínima de 26,80 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato teve queda de 0,32%, negociado a US$ 725,00 a tonelada.

O mercado do açúcar reverteu parte dos ganhos da última semana na parte da sessão desta segunda-feira. A pressão maior vinha da queda de cerca de 1% do petróleo no cenário internacional, o que impacta diretamente na decisão de produção das usinas.

Ainda no financeiro, o dólar caía sobre o real neste início de semana e contribuía para dar suporte às cotações do adoçante.

Além disso, a produção de açúcar na segunda metade de setembro no Centro-Sul do Brasil totalizou 3,36 milhões de toneladas, um aumento de 98,02% ante o mesmo período do ciclo anterior, segundo a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), e também acima das expectativas.

Essa quantidade, quando comparada àquela registrada na safra 2022/23, de 1,7 milhão de t, representa aumento de 98,02%, segundo dados da entidade. Além disso, uma pesquisa da S&P Global Commodity Insights estimava uma produção de 3,22 milhões de toneladas de açúcar, 70% a mais que há um ano.

"Há previsões e relatos de chuvas no Brasil após um período de muito calor e seca, mas o mercado continua a observar condições estressantes nas áreas de produção asiáticas", destacou Jack Scoville, vice-presidente da Price Futures Group.

MERCADO INTERNO

Após testar no último dia 5 de outubro o maior patamar nominal de toda a série histórica do Cepea, iniciada em 2003, os preços do açúcar têm recuado no país. O cenário de negociações não apresenta tanto aquecimento, diferente das exportações.

No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, ficou a R$ 154,58 a saca de 50 kg com baixa de 0,79%.

Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 154,05 a saca - estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 27,93 c/lb com alta de 2,60%.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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