Açúcar: Disparada de mais de 5% do petróleo faz NY e Londres saltarem mais de 2% nesta 6ª
Os contratos futuros do açúcar encerraram a sessão desta sexta-feira (13) com altas de mais de 2% nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado teve suporte importante da disparada de mais de 5% do petróleo, além das contínuas preocupações com a safra global.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve valorização de 2,58%, a 27,03 cents/lb, com máxima em 27,18 cents/lb e mínima de 26,35 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato teve salto de 2,26%, negociado a US$ 727,30 a tonelada.
Na semana, o principal vencimento do adoçante no terminal norte-americano teve queda acumulada de 0,55%.
O açúcar saltou forte nesta reta final de semana repercutindo a disparada de mais de 5% do petróleo. Os Estados Unidos endureceram sanções ao petróleo russo e os investidores avaliavam a possibilidade de que o conflito no Oriente Médio pudesse se ampliar.
"Os preços mais elevados do açúcar [acompanhando o petróleo] beneficiam o etanol e podem levar as usinas do mundo a desviar mais a moagem de cana para a produção de etanol em vez de açúcar, reduzindo assim a oferta do adoçante", disse o Barchart.
Os temores com a oferta do adoçante também seguem no mercado. A maior produtora de açúcar da Europa, Suedzucker, elevou a sua previsão para os lucros neste ano de 2023, porque espera que os preços permaneçam elevados justamente com foco na oferta.
"Os revendedores disseram que o mercado continua a ter apoio devido às preocupações de que um evento climático El Niño reduzirá a produção nos principais produtores asiáticos, incluindo Índia e Tailândia", destacou a agência de notícias Reuters.
Por outro lado, o mercado ainda monitora o avanço positivo da safra do Brasil. A União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) anunciou na semana que a produção de açúcar na segunda metade de setembro totalizou 3,36 milhões de toneladas.
Essa quantidade, quando comparada àquela registrada na safra 2022/23, de 1,7 milhão de t, representa aumento de 98,02%, segundo dados da entidade. Além disso, uma pesquisa da S&P Global Commodity Insights estimava uma produção de 3,22 milhões de toneladas de açúcar, 70% a mais que há um ano.
MERCADO INTERNO
Os preços internos do açúcar têm recuado nos últimos dias, mas chegaram a testar no último dia 5 de outubro o maior patamar nominal de toda a série histórica do Cepea, iniciada em 2003, acompanhado o exterior e cenário de negociação restrito.
No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, ficou a R$ 155,81 a saca de 50 kg com baixa de 0,68%.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 154,39 a saca - estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 27,22 c/lb com baixa de 0,19%.
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