Açúcar salta quase 3% nesta 2ª feira na Bolsa de NY ainda monitorando notícias da Índia
As cotações futuras do açúcar encerraram esta segunda-feira (28) com altas de quase 3% na Bolsa de Nova York. O mercado segue apoiado pelas notícias de que a Índia deverá proibir as usinas de exportar adoçante na próxima temporada, que começa em outubro.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York registrou alta de 2,98% no dia, cotado a 25,57 cents/lb, com máxima em 25,64 cents/lb e mínima de 24,78 cents/lb. Em Londres, o terminal está fechado no dia por conta de um feriado bancário.
Os preços do açúcar seguem neste início de semana a trajetória de alta da anterior ainda com atenção dos operadores para a possibilidade de a Índia, segunda maior exportadora global, proibir as exportações do adoçante na nova temporada.
A safra 2023/24 da Índia começa neste próximo mês de outubro. A falta de chuvas de monções deve impactar a produção nesse importante país.
"Os negociantes disseram que o mercado foi apoiado pelas notícias de que a Índia deverá proibir as usinas de exportar açúcar na temporada que começa em outubro, interrompendo os embarques pela primeira vez em sete anos", destaca a Reuters.
Além da Índia, a Tailândia também tem enfrentado problemas com o clima, com chuvas abaixo da média impactando o desenvolvimento dos canaviais.
Enquanto isso, no Centro-Sul do Brasil, a safra 2023/24 avança. A produção de açúcar na primeira quinzena de agosto totalizou 3,46 milhões de toneladas, uma alta de 31,22% na mesma comparação, mas abaixo da expectativa (3,54 milhões de toneladas).
Os dados são da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), que trouxe a atualização quinzenal na última semana para o país.
No financeiro, o petróleo WTI operava com leves altas nesta tarde de segunda-feira e contribuía para a valorização do adoçante. O dólar, que impacta nas exportações, porém, subia sobre o real e limitava ganhos ainda mais expressivos do adoçante.
MERCADO INTERNO
Os preços do açúcar no mercado interno têm oscilado pouco nos últimos dias com equilíbrio entre oferta e demanda. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, ficou a R$ 135,42 a saca de 50 kg e queda de 0,29%.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 144,59 a saca e queda de 1,81%, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 25,48 c/lb e queda de 2,26%.
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