Açúcar: Bolsas de NY e Londres encerram sessão desta 2ª feira com valorização acompanhando petróleo

As cotações futuras do açúcar encerraram esta segunda-feira (31) com valorização moderada nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado teve suporte no dia do petróleo, que salta cerca de 1%, mas os operadores ainda monitoram as origens produtoras.

O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve valorização de 0,79% no dia, a 24,11 cents/lb, com máxima em 24,19 cents/lb e mínima de 23,84 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato saltou 0,71%, negociado a US$ 683,30 a tonelada.

Depois de queda expressiva na semana passada, os preços do açúcar voltaram a subir no exterior. Além de um movimento de ajuste de posições, o mercado tem suporte do petróleo no financeiro, com ganhos de cerca de 1% em meio atenção para cortes sauditas.

“Os preços mais altos do petróleo beneficiam o etanol e podem levar as usinas de açúcar globais a desviarem mais a moagem de cana para a produção de etanol em vez de açúcar, reduzindo assim a oferta do adoçante”, disse o Barchart.

Por outro lado, o dólar tinha leves altas sobre o real nesta segunda-feira, o que tende a encorajar as exportações.

Nos fundamentos, o mercado ainda permanece atento para a safra asiática impactada pelo clima, apesar de otimismo com o Centro-Sul do Brasil. No início de julho, a produção do adoçante totalizou 3,24 milhões de toneladas, um aumento de 8,86% ante 2022.

No acumulado desde 1º de abril, a fabricação do adoçante totaliza 15,47 milhões de toneladas, contra 12,69 milhões de t do ciclo anterior (+21,88%).

Em entrevista ao Notícias Agrícolas, nesta segunda-feira, Marcelo Di Bonifacio Filho, analista em inteligência de mercado da StoneX, explicou as revisões feitas pela consultoria na quinta estimativa da safra 2023/24 do Centro-Sul do país.

A safra de açúcar no ciclo deve ser a segunda maior da história do país acompanhando um clima favorável ao desenvolvimento dos canaviais.

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+ StoneX projeta safra 23/24 de açúcar no Centro-Sul com 2º maior volume história, acima de 38 milhões de toneladas

MERCADO INTERNO

O mercado do açúcar tem registrado baixa liquidez no Brasil. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, ficou a R$ 134,55 a saca de 50 kg com avanço de 0,99%.

Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 158,25 a saca com queda de 0,13%, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 25,00 c/lb e baixa de 2,08%.

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