Açúcar salta forte nesta 6ª feira e vai a 25 cents/lb em NY; alta na semana de mais de 5%
Os futuros do açúcar encerraram esta sexta-feira (21) com alta de mais de 1% nas bolsas de Nova York e Londres, dando suporte para um acumulado semanal também positivo. O mercado segue com suporte do clima adverso na Tailândia, além do financeiro.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve valorização de 1,38% no dia, a 25,01 cents/lb, com máxima em 25,10 cents/lb e mínima de 24,34 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato saltou 1,84%, negociado a US$ 701,60 a tonelada.
Na semana, o principal contrato no terminal norte-americano acumulou salto de mais de 5%.
O mercado do açúcar chegou a recuar nesta sessão de sexta-feira, mas a alta voltou a prevalecer. O mercado seguiu o suporte positivo dos últimos dias com atenção para o clima nas origens asiáticas, como Índia e Tailândia, que competem com o Brasil.
"Até agora, neste ano, a precipitação na Tailândia está 28% abaixo do mesmo período do ano passado, e o início do fenômeno climático El Niño pode reduzir a precipitação ainda mais nos próximos dois anos", destacou o site internacional Barchart nesta sexta.
A trading inglesa Czarnikow anunciou nesta semana que prevê que a produção tailandesa de açúcar em 2023 possa cair pela primeira vez em três anos e pode cair para o segundo nível mais baixo desde 2009/10. A Índia também enfrenta problemas com o clima.
No Brasil, por outro lado, as expectativas seguem positivas para a temporada 2023/24. A oferta do adoçante brasileiro será fundamental para o abastecimento global neste ciclo diante dos problemas que a Ásia vem enfrentando agora e que podem persistir.
No financeiro, o mercado também encontrou suporte do petróleo no dia, com altas expressivas sendo registradas. O óleo impacta diretamente nos combustíveis e na decisão de produção das usinas com base no que estiver mais rentável no momento.
"Uma alta nos preços do petróleo bruto na sexta-feira em mais de 1% beneficia os preços do etanol e pode levar as usinas de açúcar do mundo a desviar mais moagem de cana para a produção do biocombustível", destacou o Barchart nesta sexta.
Além disso, o dólar caía sobre o real, o que tende a desencorajar as exportações.
MERCADO INTERNO
Conforme avança a safra 2023/24 do Centro-Sul do Brasil, os preços internos recuam. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, ficou a R$ 133,73 a saca de 50 kg com desvalorização de 1,07%.
Apesar disso, há movimentações menos expressivas desta época do ano. "A demanda continua baixa, comportamento normal em julho, quando o consumo dos produtos que levam açúcar na composição diminui devido ao período das férias escolares", disse o centro.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 153,75 a saca e queda de 2,45%, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 25,78 c/lb e valorização de 1,89%.
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