Açúcar salta mais de 1% nas bolsas de NY e Londres nesta 4ª com financeiro e dados do BR

As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta quarta-feira (12) com alta de mais de 1% nas bolsas de Nova York e Londres. Depois de queda técnica pela manhã, o mercado voltou a subir com atenção para a produção no Brasil no final de junho e financeiro.

O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve valorização de 1,61% no dia, a 23,91 cents/lb, com máxima em 24 cents/lb e mínima de 23,31 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato saltou 1,21%, negociado a US$ 667,70 a tonelada.

“Os preços do açúcar subiram moderadamente nesta quarta-feira, com o adoçante em NY registrando uma alta de duas semanas e o açúcar de Londres registrando uma alta de três semanas”, destacou o Barchart no dia.

O mercado do açúcar chegou a cair pela manhã, mas fechou em alta repercutindo fatores que já deram suporte aos preços na véspera: safra na principal região do Brasil e financeiro.

A União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) trouxe neste início de semana que a produção de açúcar na segunda quinzena de junho no Centro-Sul totalizou 2,69 milhões de toneladas, com aumento de 7,57% ante o mesmo período do ano passado.

O volume, porém, ficou abaixo das expectativas do mercado. A S&P Global Commodity Insights esperava que os números para o período viessem em 2,88 milhões de t. No acumulado da safra 2023/24, a produção já acumula 12,23 milhões de toneladas.

“Condições mais secas no Brasil aceleraram a safra de açúcar do Brasil e são negativas para os preços do açúcar. As previsões climáticas brasileiras favoráveis ​​também reduziram as chances de geadas prejudiciais”, complementou o Barchart.

O financeiro também contribuiu com a alta do adoçante nesta quarta. O petróleo opera com alta de cerca de 1% nesta tarde e dá suporte aos preços, já que impacta nos preços dos combustíveis e, consequentemente, na decisão das usinas sobre a produção.

Além disso, o dólar tinha queda de cerca de 1% sobre o real, o que tende a desencorajar as exportações das commodities, mas dá suporte aos preços.

MERCADO INTERNO

Os preços do açúcar têm recuado no interno, apesar de repiques. A pressão vem do avanço da safra 2023/24 do Centro-Sul do Brasil. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, a R$ 140,01 a saca de 50 kg com valorização de 0,70%.

Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 156,14 a saca - estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 24,59 c/lb e valorização de 0,38%.

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