Comissão de Cana-de-Açúcar da CNA debate questões ambientais e perspectivas para a safra
A Comissão Nacional de Cana-de-Açúcar da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) se reuniu na terça (13), para discutir, entre outros assuntos, o balanço da participação da entidade na 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-27), realizada em novembro, no Egito, e as perspectivas para a atual e a próxima safra.
Os trabalhos foram coordenados pelo presidente da Comissão, Nelson Perez Júnior. O coordenador de Sustentabilidade da CNA, Nelson Ananias, apresentou os resultados da COP-27 e a atuação da Confederação. De acordo com ele, o Brasil tem se sobressaído em relação às políticas e mecanismos de redução de emissão de carbono e gases de efeito estufa, como o Plano ABC e o RenovaBio, por exemplo.
“Vários pontos têm sido discutidos entre as partes, como o mercado internacional de carbono e o financiamento prometido aos países em desenvolvimento e subdesenvolvidos”, disse Nelson.
Também no encontro, o economista do Pecege, Haroldo Torres, apresentou as perspectivas de fechamento para a atual safra e para o próximo ciclo. A expectativa é de recuperação da moagem de cana e produção de açúcar e etanol, ainda que haja redução de área devido à competitividade com outras culturas, principalmente grãos.
A Comissão também debateu o Projeto de Lei 3149/2020, que trata do repasse do pagamento dos créditos de descarbonização (CBios) aos produtores independentes de biomassa. Atualmente o PL está em tramitação na Comissão de Minas e Energia (CME) da Câmara dos Deputados.
Por fim, foram discutidas pautas prioritárias para o próximo ano, como a necessidade de atualização do índice Consecana ( Conselho dos Produtores de Cana-de-açúcar, Açúcar e Etanol), a Lei de Proteção de Cultivares e questões trabalhistas e ambientais.
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