Açúcar: NY próxima da estabilidade nesta 3ª mesmo com restrição de exportação pela Índia

Publicado em 24/05/2022 17:59 e atualizado em 24/05/2022 19:02
No financeiro, dia foi de ampla oscilação do petróleo e câmbio, além de seguir atenção para a safra do Brasil

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As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta terça-feira (24) próximas da estabilidade nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado oscilou dos dois lados da tabela durante o dia acompanhando fatores do financeiro e origens.

O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York caiu 0,10%, cotado a 19,75 cents/lb, com máxima de 19,99 cents/lb e mínima de 19,45 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato saltou 0,82%, a US$ 556,50 a tonelada.

Apesar de ampla oscilação nesta terça-feira, o mercado do adoçante acabou ficando próximo da estabilidade no final dos trabalhos em Nova York mesmo com o anúncio de que a Índia, segundo maior produtor do adoçante, restringiria as exportações.

Essa foi a primeira restrição em seis anos, segundo a agência de notícias Reuters. A limitação, segundo fontes, seria de 10 milhões de toneladas para a temporada.

Ainda nas origens, negativamente, o mercado sente pressão de um avanço mais expressivo da safra 2022/23 do Centro-Sul do Brasil, com disponibilização de maior oferta de açúcar e etanol. O clima, porém, segue no radar dos operadores de mercado.

As usinas brasileiras de cana devem favorecer a produção de etanol na temporada 2022/23 ao invés do açúcar por conta da alta nos preços de energia. A elevação nos preços dos CBios tem intensificado essa tendência entre as usinas produtoras.

"O CBio já ultrapassa R$ 100 na B3. Se utilizarmos esse valor como referência, pelo fator de emissão do CBio hoje, em termos líquidos, ele já equivale a algo como R$ 0,10 adicionais para as usinas por litro de etanol comercializado", disse ao Notícias Agrícolas Haroldo Torres, gestor do Pecege, reforçando que o CBio está sendo muito considerado no cálculo das usinas.

No financeiro, o mercado ainda seguiu no dia as oscilações do petróleo, além da valorização do dólar sobre o real. A moeda estrangeira mais valorizada tende a encorajar as exportações das commodities, mas pesa sobre os preços externos.

MERCADO INTERNO

A maior disponibilização de açúcar no mercado spot tem contríbuído para queda nas cotações do açúcar. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, subiu 1,06%, negociado a R$ 131,97 a saca de 50 kg.

Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 152,11 a saca - estável, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 20,91 c/lb e queda de 0,89%.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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