Em semana de geadas, açúcar acumula avanço de quase 1,5% em NY
Os futuros do açúcar encerraram a sessão desta sexta-feira (20) com alta de cerca de 1% nas bolsas de Nova York e Londres. O dia e a semana foram marcados por valorização com foco para o frio no Brasil, além de ajustes e acompanhamento do financeiro.
O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York subiu 0,91%, cotado a 19,95 cents/lb, com máxima de 20,10 cents/lb e mínima de 19,73 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato saltou 1,14%, a US$ 558,10 a tonelada.
Na semana, o principal vencimento do adoçante subiu 1,37%.
O mercado do açúcar caiu nas últimas duas sessões em realização de lucros depois de atingir 20 cents/lb. Nesta sexta, porém, houve recuperação dos preços com ajuste de posições no mercado e atenção para o frio em áreas do Centro-Sul do Brasil.
De acordo com a meteorologia, ainda há chance de geadas em áreas produtoras do Centro-Sul do Brasil nesta sábado (21), com risco para café, milho e cana-de-açúcar. A safra 2022/23 de cana está sendo colhida neste momento.
"Negociantes disseram que enquanto a incerteza sobre os níveis de produção brasileira permanecer, o açúcar deve permanecer suportado", destacou a agência de notícias Reuters. O adoçante também está sustentado pelos grãos e fertilizantes.
No financeiro, o mercado também encontrou algum suporte da desvalorização do dólar sobre o real. Apesar disso, há atenção para a valorização do petróleo.
No exterior, a Índia é outra origem que vem sendo monitorada de perto pelo mercado em meio às expectativas de alta produção na atual temporada do país, que é o segundo maior exportador do adoçante no mundo, apenas atrás do Brasil.
"As usinas indianas até agora assinaram contratos para exportar 8,5 milhões de toneladas de açúcar na campanha de comercialização de 2021/22 sem subsídios do governo", disse para a Reuters um importante órgão comercial.
Além disso, o país asiático planeja utilizar mistura de 20% de etanol na gasolina em algumas partes do país já a partir de abril de 2023. A ação busca reduzir a dependência dos derivados do petróleo.
MERCADO INTERNO
O avanço da safra brasileira segue pressionando as cotações do adoçante no mercado brasileiro. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, caiu 0,42%, negociado a R$ 129,32 a saca de 50 kg.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 153,83 a saca - estável, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 20,91 c/lb e recuo de 0,30%.
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