Com petróleo e baixa no início de safra do Centro-Sul, açúcar dispara em NY e Londres
As cotações futuras do açúcar operavam com alta expressiva nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado tem suporte do petróleo, além de produção bem abaixo do ano anterior do adoçante no Centro-Sul do Brasil na primeira quinzena de abril
Por volta das 12h43 (horário de Brasília), o açúcar do tipo bruto tinha alta de 1,90% na Bolsa de Nova York, cotado a 19,26 cents/lb. Já no terminal de Londres, o tipo branco tinha valorização de 0,92%, a US$ 528,30 a tonelada.
O mercado do adoçante recuava pela manhã, mas acabou virando e tem altas expressivas nesta tarde com suporte do petróleo, que avança quase 2%. Além disso, há o acompanhamento das informações sobre o início de safra no Brasil.
A moagem de cana-de-açúcar na primeira quinzena de abril foi de 5,19 milhões de toneladas frente a 16,67 milhões da safra 2021/2022 (-66,87%).
Já a produção de açúcar e etanol, em linha com a diminuição de moagem, totalizou 126,63 mil toneladas (-79,99%) e 397,53 milhões de litros (-45,96%) no período, respectivamente. Os números confirmam o atraso da moagem na nova temporada.
Na véspera, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) trouxe o primeiro levantamento da safra 2022/23 de cana, com moagem no Brasil de 596,1 milhões de toneladas, um aumento de 1,9%. O mercado esperava números maiores.
O país, no entanto, deverá produzir 40,2 milhões de toneladas de açúcar nesta safra, incremento de 14,9% em comparação com o ciclo anterior.
Também segue atenção para outras origens. A safra indiana 2021/22 deverá ser expressiva, mas já pairam temores no mercado sobre uma queda no ciclo 2022/23, que começará no segundo semestre. Os Estados Unidos também devem ter queda.
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