Açúcar recua em NY e Londres após atingir máximas de meados de novembro
Os contratos futuros do açúcar encerraram a sessão desta terça-feira (12) com leves baixas nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado subiu durante o dia, mas fechou em queda técnica depois de testar máximas de meados de novembro.
O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York caiu 0,10%, cotado a 20,18 cents/lb, com máxima de 20,37 cents/lb e mínima de 20,07 cents/lb. Em Londres, o primeiro vencimento recuou 0,02%, negociado a US$ 548,80 a tonelada.
Depois de avançar em parte do dia, com máximas desde novembro de 2021, os preços do açúcar recuaram na finalização dos trabalhos nas bolsas externas nesta terça com movimento técnico depois de atingir quase 20,40 cents/lb quando subia.
Além disso, o mercado está atento para o balanço global de oferta e demanda.
"Os negociantes disseram que, de uma perspectiva fundamental, há poucas razões para que os preços melhorem ainda mais, uma vez que um pequeno superávit global é esperado nesta temporada e na próxima", destacou a agência Reuters.
Positivamente, o mercado acompanhou durante o dia um cenário positivo do financeiro. Nesta tarde, o petróleo subia quase 7% nesta tarde de terça nos terminais externos e o dólar recuava sobre o real, o que tende a impactar as exportações.
As oscilações do petróleo impactam diretamente na decisão das usinas sobre o mix.
A colheita da safra 2022/23 do Centro-Sul do Brasil começou oficialmente neste mês de abril e os primeiros resultados não animaram o mercado. Inicialmente, as expectativas eram positivas para a nova temporada do Brasil de cana.
A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) trouxe o fechamento da safra 2021/22 no Centro-Sul do Brasil nesta terça. A moagem acumulada da safra atingiu a marca de 523,11 milhões de toneladas, com retração de 13,60% frente 2020/2021.
"O estado de São Paulo corresponde à maior retração registrada na região Centro-Sul, em que a queda em relação ao ciclo agrícola anterior foi de 16,50%", disse o diretor técnico da Unica, Antonio de Padua Rodrigues.
As origens asiáticas também estão em foco, mas com bons resultados de produtividade.
MERCADO INTERNO
Os preços do açúcar continuam em trajetória de alta no mercado brasileiro. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, teve valorização de 1,19%, negociado a R$ 143,44 a saca de 50 kg.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 152,36 a saca - estável, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 21,47 c/lb com queda de 0,48%.
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