Safra menor que o esperado no Centro-Sul faz açúcar subir mais de 1% em NY nesta 5ª
As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta quinta-feira (17) com alta expressiva nas bolsas de Nova York e Londres. O avanço foi motivado por estimativas de safra menor que o esperado para o Centro-Sul do Brasil, apesar de um financeiro negativo.
O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York subiu 1,03%, cotado a US$ 17,74 c/lb, com máxima de 17,83 c/lb e mínima de 17,50 c/lb. Em Londres, o primeiro vencimento do adoçante subiu 0,85%, negociado a US$ 486,80 a tonelada.
Uma pesquisa da corretora Marex apontou previsão média para a moagem 2022/23 de cana no Centro-Sul do Brasil, maior país produtor de cana e exportador de açúcar do mundo, de 554 milhões de toneladas, um pouco abaixo da previsão média de 560 milhões de t da agência Reuters.
"Isso (554 milhões) é um pouco menor do que esperávamos, considerando as chuvas razoáveis que ocorreram até agora e as expectativas de que elas continuarão", disse a Marex em relatório.
Ainda de acordo com a entidade internacional, com base em informações reportadas pela Reuters, o levantamento reflete a ansiedade e as incertezas extremas sobre os efeitos negativos na qualidade da cana devido às consequências da seca, geadas e incêndios do ano passado.
A recuperação da demanda também está no radar. O line-up de açúcar do Brasil, programação de embarques pelos portos, registrava 1,55 milhão de toneladas na semana até 16 de fevereiro, sobre 1,30 milhão de t na semana anterior, sendo 1,45 milhão de t de VHP, segundo a agência marítima Williams.
No financeiro, porém, o mercado acompanhou a queda expressiva nos preços do petróleo, o que tende a pressionar o mercado do açúcar por conta da decisão do mix das usinas do Brasil. O dólar tinha neste final de tarde alta sobre o real, o que tende a encorajar as exportações.
Ainda como limitante da alta, o mercado monitora os bons resultados na Ásia. A consultoria Datagro, porém, pontua que Índia e Tailândia receberam chuvas nos últimos dias, o que pode ter atrapalhado os trabalhos de colheita. Na Tailândia, todas as regiões excederam o volume esperado para o mês.
MERCADO INTERNO
Os preços do açúcar se reaproximam do patamar de R$ 150 a saca de 50 kg. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, teve desvalorização de 2,41%, negociado a R$ 145,49 a saca de 50 kg.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 153,25 a saca - estável, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 18,83 c/lb - estável.
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