Com disparada do petróleo, açúcar quase volta aos US$ 20 c/lb em NY

Os futuros do açúcar encerraram a sessão desta sexta-feira (05) próximos do patamar de US$ 20 c/lb em Nova York, com altas de mais de 1%, apesar de leves ganhos em Londres. O dia foi de suporte do petróleo e câmbio, além de atenção para o Brasil.

O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve valorização de 1,58%, negociado a US$ 19,94 c/lb, com máxima de 19,99 c/lb e mínima de 19,56 c/lb. Já em Londres, o tipo branco teve alta de 0,18%, a US$ 507,70 a tonelada.

Na semana, o mercado do adoçante em Nova York saltou quase 3%.

O mercado do petróleo no cenário internacional disparava nesta sexta depois que produtores da Opep+ rejeitaram os pedidos dos Estados Unidos de aumentar a oferta, seguindo os planos de elevação gradual, segundo a agência Reuters.

Pouco depois da finalização dos negócios do açúcar em Nova York e Londres o petróleo saltava mais de 3% e o Brent mais de 2,5%.

"A cana pode ser usada para produzir etanol biocombustível ou açúcar em alguns países do mundo, portanto, os altos preços da energia podem reduzir a produção do adoçante", destacou a agência de notícias em referência ao mercado.

Além disso, no financeiro, o mercado também acompanha a queda expressiva do dólar sobre o real, o que tende a desencorajar as exportações das commodities em nível global, mas que em compensação dá suporte aos preços externos.

Nos fundamentos, o mercado também ainda se preocupa com os impactos climáticos sobre a temporada 2021/22 que está próxima do fim no Centro-Sul do Brasil. Apesar disso, as expectativas são melhores para a nova temporada com chuvas recentes.

"Os processadores no Brasil estão refinando a cana para obter etanol mais do que açúcar agora e essa tendência deve continuar devido aos spreads de preços. O reduzido potencial de produção do Brasil para a safra atual ainda está impactando o mercado", disse a o analista da Price Futures Group, Jack Scoville.

MERCADO INTERNO

Os preços do açúcar continuam elevados no mercado brasileiro. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, saltou 0,18%, negociado a R$ 151,90 a saca de 50 kg.

No Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou estável, negociado a R$ 139,92 a saca, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 20,04 c/lb com alta 1,32%.

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