Açúcar fecha próximo da estabilidade em NY, mas sobe em Londres nesta 3ª
Os contratos futuros do açúcar encerraram a sessão desta terça-feira (14) próximos da estabilidade na Bolsa de Nova York, mas com alta moderada em Londres. O dia foi ampla oscilação com foco no financeiro e ainda seguindo alguns fundamentos.
O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York registrou queda de 0,15%, cotado a US$ 19,66 c/lb, com máxima de 19,90 c/lb e mínima de 19,51 c/lb. Em Londres, o tipo branco registrou alta de 0,85%, negociado a US$ 499,20 a tonelada.
O dia foi marcado por altas e baixas para os futuros do açúcar no mercado internacional, mas a tendência de queda, quase na estabilidade, prevaleceu na Bolsa de Nova York, apesar de valorização moderada no terminal londrino.
Do financeiro, o mercado acompanhou as oscilações entre baixas e altas nos futuros do petróleo. O óleo mais baixo tende a fazer com que as usinas diminuam a produção de etanol e elevem a oferta de açúcar no mercado internacional.
Além disso, o dólar subia sobre o real, o que tende a encorajar as exportações das commodities, mas pesa sobre os preços externos.
"O potencial de produção reduzido do Brasil ainda está impactando o mercado, mas o dólar americano mais forte torna o açúcar mais caro em termos de moeda local", destacou em informativo o analista da Price Futures Group, Jack Scoville.
Além disso, "os preços do petróleo bruto, recentemente mais fracos, significam que os preços do etanol podem trabalhar mais baixos", complementou o especialista.
Nos fundamentos, os operadores também estão atentos em cenários importantes, como as dúvidas com a demanda pelo adoçante, além da safra brasileira atual, que será menor, e as expectativas para a próxima temporada.
Além disso, no cenário internacional, repercute a informação que a França, maior produtora de açúcar da União Europeia, deve colher 33,12 milhões de toneladas de beterraba este ano, um aumento de 26,4% ante 2020.
MERCADO INTERNO
A baixa disponibilidade de açúcar no mercado brasileiro segue ditando as altas do adoçante, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea, da Esalq/USP).
"Do lado da demanda, a insegurança quanto ao abastecimento interno tem levado compradores a pagar preços mais altos no spot, o que reforça o movimento de avanço dos valores", disse o centro.
Como referência, na véspera, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, teve alta de 1,48%, a R$ 142,17 a saca de 50 kg.
No Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou estável, a R$ 134,93 a saca, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB cotado a US$ 19,15 c/lb e alta de 1,04%.
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