Queda na exportação de açúcar da Índia deve abrir mercados para Tailândia e Brasil na Ásia
LONDRES (Reuters) - Uma expectativa de desaceleração nas exportações de açúcar indianas, com os preços domésticos se elevando, impulsionará a parcela de mercado do açúcar tailandês e do brasileiro nos mercados, disseram operadores nesta terça-feira.
A Índia em breve irá retirar a exigência de que as usinas de açúcar exportem seu excesso de oferta, disseram duas autoridades do governo na segunda-feira, após duas secas consecutiva provavelmente transformem o país em um importador líquido na próxima temporada, abrindo caminho para fornecedores rivais.
Operadores disseram que as notícias foram pouco surpreendentes, uma vez que muitos esperavam que a Índia, segundo maior produtor de açúcar do mundo após o Brasil, oscilaria para uma posição de importadora líquida após ter sido exportadora, com a seca devastando a produção.
Fontes do mercado disseram esperar que as usinas indianas percam fatia de mercado na Ásia para exportadores da Tailândia, Oriente Médio e refinarias indianas que praticam o "tolling" --importação de açúcar bruto para refiná-lo e exportar açúcar branco--, assim como o Brasil.
Operadores também disseram que o açúcar tailandês deve ser a primeira escolha dos compradores na Ásia, com os custos de fretes e tempos de traslado menores que os do Brasil.
No entanto, os atuais custos de frete baratos tornaram o açúcar cristal brasileiro, ou Icumsa 150, competitivo ante o tailandês e o das refinarias de "tolling" nos mercados asiáticos.
(Por David Brough)
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