Índia irá revogar exportação compulsória de açúcar, dizem fontes
NOVA DÉLHI/MUMBAI (Reuters) - A Índia irá retirar em breve uma regra que obriga usinas de açúcar a exportar o excesso de oferta, disseram duas autoridades do governo nesta segunda-feira, após duas secas consecutivas prejudicarem a produção do país, que poderá voltar a ser um importador líquido já em outubro.
No fim do ano passado, o governo pediu que usinas exportassem cerca de 3,2 milhões de toneladas, numa tentativa de reduzir o que naquele momento era um excedente de açúcar que pressionava preços e reduzia as margens de lucros das empresas.
Para apoiar o esquema e aliviar aquela pressão, o governo indiano aceitou pagar aos agricultores 45 rúpias por cada tonelada de cana de açúcar que produzissem, representando cerca de dois por cento dos custos das usinas.
Quando as exportações compulsórias forem revogadas, os pagamentos diretos aos agricultores também irão cessar, disseram as autoridades, que falaram sob condição de anonimato.
"Nós iremos revogar a regra em breve, porque não temos mais necessidade de exportar", disse uma das fontes.
Quando questionada sobre o prazo para a medida, a segunda fonte oficial acrescentou que "pode demorar algumas semanas".
Sem o subsídio na produção, as usinas indianas deverão ter dificuldade para exportar com lucro, potencialmente elevando os preços do açúcar e permitindo maiores embarques de outros exportadores, como Brasil, Tailândia e Paquistão.
(Por Mayank Bhardwaj e Rajendra Jadhav)
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